Polícia

Acusados de roubar e estuprar vítimas são presos

Os agentes do setor de investigação da Delegacia de Polícia Civil do Cantá, ao investigar a denúncia do possível esconderijo de dois foragidos na Vila São José, naquele município, prenderam da tarde de ontem, dia 20, os irmãos H. F. R. M., de 24 anos e D. V. G. M., de 18 anos. Contra um deles foi lavrado um APF (Auto de Prisão em Flagrante) por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido.

De acordo com informações prestadas pelo delegado titular do Cantá, Ronaldo Sciotti, os policiais receberam a denúncia de que havia dois foragidos se escondendo em um sítio na Vila São José, conhecida como “Vila do 20”, a uns 120 quilômetros aproximadamente da sede do município. Os policiais foram ao local, mas ao chegarem ao sítio, o suspeito H. F. R. M., embrenhou-se na mata para se esconder.

No local os policiais encontraram a esposa dele e o irmão, D. V. G. M., . Também  apreenderam uma arma de fogo, uma pistola de calibre 7.65, originária da Espanha e mais quatro munições intactas. Enquanto os policiais estavam na casa, o suspeito H. F. R. M., saiu da mata e se entregou, alegando que teve medo dos policiais prenderem a esposa dele, que, segundo falou, não tinha envolvimento em seus crimes.

H. F. R. M., contou que teria praticado um roubo em um bairro em Boa Vista, juntamente com seu irmão e outro comparsa, e que a vítima do crime seria integrante da mesma facção criminosa que participa. Alegou que não sabia que a vítima participava dessa organização criminosa e, que mesmo tendo devolvido o bem roubado, teria sido ameaçado de morte pelos líderes da facção.

“Ele disse que comprou a arma de um garimpeiro recentemente, pelo valor de R$ 4.000,00 para se defender e, para não ser morto pelos integrantes da facção, fugiu para a região do Cantá no intuito de se esconder, onde foi preso pela nossa equipe”, disse o delegado.

Os dois irmãos foram levados à sede da Delegacia do Cantá, onde H. F. R. M., foi autuado em flagrante pelo crime de posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. Em contato com os policiais de Boa Vista, o delegado foi informado que os dois homens estavam sendo procurados por roubos seguidos de estupros.

H. F. R. M., não pagou fiança estipulada no valor de R$ 3.000,00 e foi apresentado para Audiência de Custódia na manhã desta sexta-feira em Boa Vista. Por esse crime, a Justiça concedeu a ele liberdade provisória.

PRISÃO DECRETADA

No início da tarde desta sexta-feira, 21, a Justiça decretou a prisão preventiva de H. F. R. M., que foi representada pela delegada Simone Arruda. Após ter sido liberado na Audiência de Custódia, pelo crime de posse ilegal de arma de fogo, a prisão dele foi cumprida pelos agentes do 3º e 4º DPs.

INVESTIGAÇÃO

Os agentes do 3º DP, com apoio dos policiais do SIOP do 4º DP, passaram a investigar os crimes. Com apoio de policiais lotados na FICCO (Força Integrada Contra o Crime Organizado), os policiais civis conseguiram localizar no Conjunto Vila Jardim, um homem apontado como receptador de um telefone celular roubado de uma vítima no dia 05 de abril.

O homem trabalha com manutenção de telefones e alegou que o aparelho foi deixado no local para conserto. O técnico foi autuado em flagrante por crime de receptação no dia 11 de maio pela Polícia Civil.

IDENTIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS – Na continuidade das diligências, no dia 14 de maio, os policiais localizaram e prenderam J. L. F. S., em posse de um telefone celular roubado de uma das vítimas dos roubos. O suspeito disse que comprou o telefone celular de H. F. R. M., de 24 anos.

As diligências se intensificaram e os policiais identificaram os dois autores dos roubos que praticaram os crimes de estupros. Além de H. F. R. M., também o irmão dele, D. V. G. M., de 18 anos.

Várias diligências foram realizadas no sentido de prendê-los, mas os dois homens fugiram de Boa Vista. Os dois são apontados como integrantes de uma facção, com passagens pela Polícia por crimes de roubos.

A delegada Simone Arruda informou que dois aparelhos de telefones roubados das vítimas foram apreendidos. Ontem, dia 20, a delegada representou pela prisão preventiva dos acusados.

“São dois criminosos perigosos, violentos. Dos três casos que estávamos investigando, em dois deles as vítimas, mulheres, foram estupradas. Eles entram na casa das vítimas durante a madrugada, amarram e agridem as vítimas homens e estupram as mulheres. Nós envidamos todos os esforços para esclarecer estes três crimes e prender os acusados”, disse a delegada.