Economia

2021 pode ter recorde no crédito imobiliário

Previsões apontam para crescimento ainda maior do que alta registrada em 2020

Com a chegada do novo coronavírus, o cenário econômico brasileiro sofreu grandes mudanças e adaptações. Para fugir da crise financeira, proprietários e investidores têm buscado alternativas com resultados altamente variáveis.

Mas, apesar desse panorama, um setor que não sofreu grandes mudanças foi o imobiliário. Projeções feitas em 2019, após crescimento de 2,3% registrado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), já previam desenvolvimento e maiores oportunidades de negócio, mas, surpreendentemente, os resultados permaneceram como o previsto, mesmo após a chegada da crise sanitária.

Mais do que isso, novas projeções estimam que o crédito imobiliário possa ter recorde neste ano. O ano de 2020 por si só já apresentou uma excelente performance, avançando 57% em relação a 2019 e marcando um recorde histórico, superando o pico de 2014.

As previsões feitas pela Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário) preveem um volume de concessões que pode fechar em até R$ 160 bilhões em 2021 – valor 27% acima do ano passado.

Esses dados indicam que não há necessidade de se preocupar com os efeitos da pandemia. Quem planejou ou ainda planeja comprar imóveis neste ano ou no próximo pode prosseguir, e o que não faltam são opções para isso.

Financiamento pelo FGTS

O FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) é uma das alternativas mais populares. Qualquer um pode usar o dinheiro acumulado, através da sua contribuição, para financiar ou dar entrada em imóveis.

Basta ter até três anos de contribuição, não ser proprietário de imóvel residencial – em construção ou concluído – no mesmo município, não possuir financiamento ativo em território nacional e garantir que o imóvel da compra não tenha sido transacionado via FGTS nos últimos três anos.

Compra na planta

Como o nome já diz, é a compra do imóvel ainda em planejamento ou construção. Nesse tipo de compra, a construtora e o consumidor firmam um contrato onde parte do valor total é dividido em parcelas até a entrega. 

O restante pode ser financiado, e, se o comprador desistir, ele tem a chance de receber parte do seu investimento de volta. 

Leilão

Com a vantagem de descontos de 40% a 70% no valor dos imóveis, o leilão de casas é uma alternativa de compra que pode ser muito vantajosa para quem deseja ter o imóvel o quanto antes.

Nele, o consumidor entra no site da leiloeira, ou vai pessoalmente ao local, escolhe o imóvel e dá o seu lance. Se for aprovado, ele segue com orientações quanto à documentação e ao pagamento do arremate – pagamento este que já oferece opções de financiamento. 

Além dessas opções, o consumidor ainda pode procurar por consórcios, financiamento pelo Sistema Financeiro Habitacional ou o programa Minha Casa, Minha Vida. O que não faltam são alternativas para quem deseja adquirir a sonhada casa própria ou lucrar com esse mercado.