Economia

Roraima tem redução de 0,3% na taxa de desemprego

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo IBGE

A taxa de desempregos bateu novos recordes e subiu para 14,7% no primeiro trimestre deste ano no Brasil, uma alta de 0,8 ponto percentual na comparação com o último trimestre de 2020 (13,9%). Ao contrário da média nacional, Roraima obteve uma redução de 0,3% no percentual de desempregados em comparação ao ano passado.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta quinta-feira, 27, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, a taxa de desemprego caiu em Roraima em comparação com os trimestres passados. De janeiro a março de 2020, o percentual era de 16,5% desocupados. De outubro a dezembro de 2020, a porcentagem era de 14,3% desempregados. Já de janeiro a março deste ano, o percentual reduziu para 14,0%.

A pesquisa aponta que Roraima conta com aproximadamente 430 mil pessoas de 14 anos ou mais de idade. Destas, 246 mil estão aptas a trabalhar e 182 mil estão fora da força de trabalho, ou seja, pessoas em idade de trabalhar, mas que não estão procurando emprego. Das 252 mil aptas a exercer um emprego, 216 mil estão trabalhando e 35 mil estão desempregadas.

Os percentuais também foram altos na região norte, que compreende o estado de Roraima. No Norte, a taxa de desocupação passou de 12,4%, no último trimestre de 2020, para 14,8%. No Nordeste, de 17,2% para 18,6%. Nas duas regiões, as taxas são as maiores desde 2012.

BRASIL – O percentual de 14,7% de desemprego corresponde a mais 880 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões na fila em busca de um trabalho no país. É a maior taxa e o maior contingente de desocupados de todos os trimestres da série histórica, iniciada em 2012.

“Esse aumento da população desocupada é um efeito sazonal esperado. As taxas de desocupação costumam aumentar no início de cada ano, tendo em vista o processo de dispensa de pessoas que foram contratadas no fim do ano anterior. Com a dispensa nos primeiros meses do ano, elas tendem a voltar a pressionar o mercado de trabalho”, explica a analista da pesquisa, Adriana Beringuy.

A analista observa que o contingente de ocupados (85,7 milhões) ficou estatisticamente estável na comparação com o último trimestre do ano passado. Mas o nível de ocupação (48,4%) reduziu 0,5 ponto percentual. Desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o nível de ocupação está abaixo de 50%, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.

“Essa redução do nível de ocupação está sendo influenciada pela retração da ocupação ao longo do ano passado, quando muitas pessoas perderam trabalho. Em um ano, na comparação com o primeiro trimestre de 2020, a população ocupada reduziu em 6,6 milhões de pessoas”, comentou Adriana Beringuy, observando que os impactos da pandemia só ficaram visíveis no mercado de trabalho no final de março daquele ano.