Cotidiano

Mais de 49 mil cabeças de gado são vacinadas em comunidades indígenas

Nesta campanha houve um aumento de animais vacinados de cerca de 4.849 em relação à segunda etapa de 2020

Um total de 49.400 cabeças de gado foram vacinadas contra a febre aftosa nas comunidades indígenas das Terras Indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos. A ação foi encerrada ainda esta semana, durante uma atuação em parceria do Governo do Estado e do Governo Federal.

A vacinação foi realizada pelos ‘raposeiros’, os vacinadores da Agulha Oficial, uma ação da Agência de Defesa Agropecuária (Aderr), Secretaria do Índio (SEI) em conjunto com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Fundação Nacional do Índio (Funai).

As equipes saíram de Boa Vista em direção às comunidades indígenas no dia 1º de abril. Nesta 41ª campanha de vacinação contra febre aftosa dentro das reservas indígenas, houve um aumento de animais vacinados de cerca de 4.849 em relação à segunda etapa de 2020. No município de Pacaraima, foram vacinados este ano 19.075 (em 2020 foram 15.900); em Normandia, foram 14.161 bovinos vacinados (no ano passado, 13.000); em Uiramutã, 15.187 (em 2020 foram imunizados 15.018).

A próxima etapa da Agulha Oficial é chegar nos lugares onde não existe acesso para automóveis, a fim de concluir o trabalho de vacinação. Localidades como Campo Formoso, Piolho, Sapã, Ponto Geral, dentre outras, terão seus rebanhos vacinados com a ida dos técnicos em voo fretado pelo Mapa. A data ainda será confirmada.

Conforme o governador Antonio Denarium, a Agulha Oficial garante a sanidade do rebanho e a renda das comunidades indígenas. “É um trabalho árduo, mas de grande importância para Roraima porque, além de cumprir a meta de vacinar todo o rebanho do Estado, que hoje é de cerca 940 mil cabeças, garante a área livre de febre aftosa, ajudando os produtores a manter a sanidade dos seus animais e assegurar retorno financeiro do investimento na bovinocultura”, ressaltou.

Mas estes números são relativos, segundo explicou o coordenador da ação da Agulha Oficial, José Maria. “No verão, quando ocorre a segunda etapa da campanha de vacinação, os indígenas soltam os animais para pastarem de forma extensiva, o que torna mais difícil recolhê-los aos currais. Por isso que os números têm uma alteração”, observou.

AGULHA OFICIAL – Este ano, as vacinas da Agulha Oficial foram doadas pelo Governo Federal. O Governo estadual teve como contrapartida o pagamento de diárias, a cessão de servidores, carros e combustível. Foram 45 dias dentro da mata e uma equipe composta por 15 pessoas, com a missão de imunizar os bovinos das comunidades indígenas.