Um plano de vacinação em massa em Roraima foi proposto ao Ministério da Saúde durante encontro entre o deputado Hiran Gonçalves (Progressistas) e o ministro Marcelo Queiroga, na manhã desta terça-feira, 09. A ideia é que o estado sirva de base para um estudo sobre a imunização, considerando que é o menos populoso da federação e necessitaria de menos doses para atingir a meta.
Na ocasião, um ofício foi entregue ao ministro Queiroga solicitando que o Ministério da Saúde estude a possibilidade de desenvolver em Roraima a pesquisa sobre os efeitos da vacinação em massa em uma unidade da federação. Até o momento, o estudo já foi realizado em dois municípios em São Paulo.
“Estudos realizados pelo Instituto Butantan na cidade de Serrana e pelo Ministério da Saúde, em conjunto com a Fundação Oswaldo Cruz, em Botucatu, ambas as cidades em São Paulo, demonstraram que, com 75% da população vacinada, a pandemia do novo coronavírus pode ser controlada”, explicou Gonçalves.
“Assim como foi feito nas cidades, o nosso Estado, por sua situação epidemiológica, geográfica, estrutural e populacional representa a melhor opção para ampliação do referido estudo. E isso seria uma conquista muito importante para a nossa população”, completou o parlamentar.
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De acordo com o deputado Hiran Gonçalves, esses dois estudos iniciados no Brasil, com o objetivo de verificar a eficácia do imunizante contra o Covid-19, apresentaram resultados preliminares bastante animadores, com efeitos na diminuição do número de internação de pacientes e no contágio de novos casos.
“Para verificar a eficácia dos imunizantes de maneira mais abrangente, deveríamos adotar a vacinação em massa em um Estado da Federação como um todo, testando outros imunizantes que integram o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19. Nesse sentido, defendo que Roraima seja a unidade da federação onde poderia ser realizado o referido estudo”.
Ao receber o ofício, o ministro Queiroga se prontificou a dar início, junto com sua equipe à avaliação da proposta de ampliação dos estudos e encaminhou a proposta à área técnica do Ministério da Saúde para que se possa ter “a exata noção da viabilidade do projeto”.
JUSTIFICATIVA – Para justificar sua solicitação, Gonçalves elencou uma série de fatores na defesa de seu argumento. Inicialmente, com os dados de covid na região; o recebimento de pacientes brasileiros, venezuelanos, guianenses e até haitianos em razão da sua localidade fronteiriça; a fragilidade do Sistema de Saúde de Roraima; o índice de aplicação de doses no estado, sendo necessário em torno de 300 mil vacinas para atender toda a população maior de 18 anos e por Roraima ser o estado menos populoso da federação, precisando de menos doses que os demais estados para atingir uma vacinação completa.
