O Grupo Folha dará início a série de reportagens semanais: As dores da profissão na pandemia. Toda semana traremos relatos de trabalhadores que vivem de perto as aflições da pandemia da covid-19. Hoje trazemos o depoimento de Onildo, ele tem 39 anos e trabalha há 17 anos como coveiro em Roraima.
“Tem gente que pensa que estamos acostumados com isso, mas a gente se comove com as dores dos familiares”
“Já cheguei a enterrar três, quatro pessoas da mesma família”
“Não pode velar, não pode dar o último adeus, a gente não tem nem aquela última visão”
“É como ver um jogo de futebol sem torcida, a pessoa indo embora sem dar o adeus, muita gente que quer falar, orar, dar o último adeus, falar o que a pessoa fez de bom. Agora não dá, chegou na sepultura a gente já vai arriando”
“Muito triste mesmo, cada um de nós trilha um caminho e deixa um legado para os familiares, isso na verdade não acontece com essa pandemia”
Semana que vem daremos continuidade a série, com o relato da Iglésia da Silva Alves, que trabalha no Cemitério Municipal de Boa Vista. Ela se prepara espiritualmente para atender as famílias que chegam até o seu local de trabalho.
Produção e Imagens : Néia Dutra / FolhaBV
Apoio da reportagem: Mariana Turco / FolhaBV
Edição vídeo: Giover Herrera/ FolhaBV