Até o mês setembro deste ano, a Operação Acolhida em Roraima deve colocar em prática um projeto para produção de biofertilizante, que funcionará no Distrito Industrial Governo Aquilino Mota Duarte. Mas, para que isso ocorra, aguarda retorno das solicitações que foram feitas, por meio de ofício, às autoridades governamentais.
O coordenador do projeto, tenente coronel Antonio Carlos, da Operação Acolhida, informou que o projeto tem a finalidade de criar um meio de vida para a população indígena, e de maneira duradoura.
“A ideia é criar um centro de formação agrícola lá no distrito, para os indígenas imigrantes warao, pemon e outros que estão nos abrigos, para serem capacitados e futuramente empregados no campo rural em Roraima. Para que se integrem socialmente e economicamente, gerando renda com a venda do produtos para o mercado”, disse.
Segundo o tenente coronel Antonio Carlos, a Acolhida solicitou ao Governo do Estado, por meio da Seplan (Secretaria de Estado do Planejamento), a cessão de lotes dentro do distrito industrial para iniciar o projeto de produção de biofertilizante.
“Estamos aguardando resposta do governo. O secretário Emerson Baú se mostrou favorável a ideia, e o mais importante é que ele tem entendido que essa demanda não é da Operação Acolhida, mas do Estado, da cidade de Boa Vista”, ressaltou.
Ele afirmou que já esteve reunido com a presidente da Fier (Federação da Indústria de Roraima), Isabel Itikawa. “Inclusive, ela disse que o mercado precisa dessa mão de obra”. Tenente coronel Antonio Carlos relembrou que a previsão é iniciar até setembro, “mas se conseguirmos as solicitações que fizemos às autoridades. Já estamos vendo qual área será melhor, e estamos esperando essas definições para se começar o projeto”.
O coordenador do projeto disse ainda que já fechou parcerias com o Instituto Insikiran da UFRR (Universidade Federal de Roraima), com o IFRR (Instituto Federal de Roraima) e o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural). “Essas são as instituições que vão nos apoiar com a parte teórica e, ao final, esses alunos indígenas serão certificados”, afirmou.
“Vai ser um trabalho em conjunto. Nós vamos produzir o biofertilizante utilizando o material que a Prefeitura de Boa Vista recolhe, que são as galhadas, também materiais dos supermercados, restaurantes. Esse material vai para essa área, onde vamos fazer a compostagem para produção desse biofertilizante”.
“Queremos um espaço onde possamos fazer o plantio e usar ainda essa área como laboratório desses produtos, que serão produzidos. Será centro de capacitação que vai ensinar os indígenas imigrantes à produção da compostagem, o plantio de cultura”, comentou tenente coronel Antonio Carlos.