Uma coleta de sangue para identificação da Peste Suína Clássica (PSA) será realizado em porcos de Roraima. A ação inicia na quarta-feira, dia 7, por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima).
Hoje o status de Roraima é de risco desconhecido, pois não há dados da situação sanitária da suinocultura, por isso a importância desse levantamento para saber se há ocorrência da PSC nas propriedades rurais do Estado. Com a retomada do serviço, a Aderr espera ter acesso ao status de área livre da doença.
Todas as Unidades de Defesa Agropecuária estarão envolvidas no trabalho, conforme informou Murilo Dias, médico veterinário fiscal agropecuário e responsável pelo Programa de Suínos da Aderr. “A Educação Sanitária vai começar nos municípios de São Luiz e São João do Baliza”, adiantou.
O governador Antonio Denarium ressaltou a importância do serviço para a economia do Estado. “Hoje nosso risco é desconhecido, o que nos impossibilita a avançar no status sanitário da PSC. Com a sorologia a gente vai descobrir como está a sanidade dos suínos. Dessa forma, abriremos caminho para a área livre da doença e fortalecermos a produção, gerando renda para os produtores e para o Estado, além de garantir alimento seguro para o consumo”, enfatizou.
Ação vai percorrer 320 propriedades
Ao todo, 320 propriedades criadoras de suínos serão visitadas pelos técnicos da Aderr, destacando a importância da sorologia para a suinocultura.
O número de propriedades a serem visitadas por Município são Bonfim (43), Normandia (40), Pacaraima (10), Uiramutã (08), Boa Vista (49), Caracaraí (43), Mucajaí (28), Amajarí (13), Alto Alegre (14), Caroebe (09), Iracema (08), Cantá (26), Rorainópolis (19), São João da Baliza (05) e São Luiz (05).
A importância da sorologia para Roraima
O trabalho de sorologia que será feito pelo Governo de Roraima é, segundo destaca o presidente da Aderr, Kelton Lopes, muito importante para o Estado, pois vai permitir o conhecimento mais fidedigno da suinocultura, o que vai trazer mais segurança para quem consome e para quem comercializa.
Kelton Lopes ressaltou a necessidade do serviço para fortalecer a suinocultura e pediu para os produtores que serão visitados, para colaborarem com o trabalho dos técnicos. “É importante que todos ajudem, porque se trata de uma ação conjunta que vai beneficiar todos. A sorologia vai proporcionar um conhecimento sobre a suinocultura que atualmente não temos, então é importante a colaboração para a gente ficar de fato livre da PSC e conseguir o status de área livre”, disse.
Entenda a doença
Conhecida como cólera ou febre suína, a doença é altamente contagiosa, pois possui uma taxa elevada de contaminação e de alto grau de disseminação nos suínos, mas não oferece risco à saúde humana, nem a outras espécies de animais. Ela afeta tanto os porcos domesticados quanto os asselvajados.
A doença pode causar grandes perdas socioeconômicas, porque pode provocar restrições comerciais de regiões que não têm a doença. Sendo uma fonte de renda para muitos produtores, sua ocorrência também traz uma ameaça na posição do Brasil no ranking mundial de comercialização de suínos.