Política

População questiona gestão na pandemia, saúde e infraestrutura da PMBV

Perguntas feitas pela população e jornalistas da FolhaBV foram encaminhadas ao prefeito Arthur Henrique (MDB); confira as respostas na íntegra

No aniversário de 131 anos de Boa Vista celebrado nesta sexta-feira, 09, a equipe da FolhaBV foi às ruas perguntar à população da Capital quais são as demandas que precisam ser solucionadas para melhorar a qualidade de vida da cidade.

Um total de 10 perguntas foram selecionadas e encaminhadas para o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique (MDB), junto com outros questionamentos elaborados pelos jornalistas da FolhaBV.

Confira as respostas na íntegra:

1 – Com o avanço da primeira etapa de vacinação contra a Covid-19, a Prefeitura de Boa Vista já vislumbra a possibilidade de relaxar as medidas de restrição do comércio que ainda estão em vigor?

Desde o início da pandemia, a prefeitura trabalha respeitando criteriosamente as recomendações do Ministério da Saúde, baseadas na ciência. Qualquer decisão tomada sempre é feita com base nas reuniões do Comitê Gestor Municipal que discute dados e o momento atual de incidência, transmissibilidade, ocupação de leitos clínicos e UTI. Enquanto a pandemia perdurar, teremos de continuar nos adaptando para garantir o funcionamento da saúde pública de uma forma que todos os cidadãos tenham acesso a um atendimento de qualidade. Salvar vidas sempre foi o principal objetivo do município em toda e qualquer decisão administrativa, econômica ou restritiva. Com o avanço da vacinação, acende uma grande esperança para as nossas vidas. Mas o momento ainda é de cautela. A prefeitura tem plena consciência dos impactos da pandemia na economia da cidade, e fez o que esteve ao seu alcance para garantir incentivos fiscais, descontos, distribuição de cestas básicas, repasse de recursos e promoção de atividades de incentivo à cultura, esporte e lazer.  

2 –  Com uma população de mais de 1 milhão de habitantes (2020), São Luiz, no Maranhão, foi a primeira capital a iniciar a vacinação de pessoas acima de 18 anos sem comorbidade, em 22 de junho deste ano. Na sua avaliação, o que faltou para que a vacinação em Boa Vista ocorresse com mais agilidade?
Apenas a chegada das vacinas. A cada quantitativo repassado a Boa Vista, nós imediatamente avançávamos ampliando as faixas etárias. 
Vale ressaltar que São Luiz (MA) foi uma das capitais que teve reforço no envio de doses tendo em vista o aparecimento da variante indiana, notícia amplamente repercutida no país.
3 –  Se voltássemos no tempo e a pandemia começasse hoje, o senhor tomaria alguma decisão diferente no combate à pandemia em Boa Vista?
Com a pandemia, aprendemos um pouco a cada dia. É uma situação que nenhum lugar do mundo está acostumado a viver. Por isso, desde o início, decidimos seguir sempre a ciência e o que diziam os especialistas. Todas as nossas decisões foram baseadas em dados científicos, em recomendações de instituições como o Ministério da Saúde. Não medimos esforços para preservar as vidas das pessoas. Tomamos decisões delicadas, a exemplo do fechamento de comércios, mas tudo foi feito com o propósito de garantir a saúde das pessoas. Era a atitude que o mundo todo estava tomando e foi dando certo. Ou seja, o melhor combate, antes da vacina, era não pegar a doença.  Agora precisamos garantir a imunização da população com as duas doses o mais rápido possível para tentarmos voltar às nossas vidas, aos abraços, os encontros, as confraternizações. É o que todo mundo deseja. 
4 –  Ainda em relação à saúde, todos os anos, no período chuvoso, aumenta a reclamação  sobre a demora para atendimento no Hospital da Criança Santo Antônio. A prefeitura tem um plano para solucionar esta questão definitivamente? E quanto aos postos de saúde para atendimentos em geral, há previsão de ampliação do horário de funcionamento das unidades, ou ainda a criação de uma unidade de atendimento 24 horas para a população adulta?
Sobre o Hospital da Criança, este período sazonal somado à pandemia realmente contribuiu para o aumento dos pacientes nas unidades de saúde do município. Tem sido um período muito difícil, mas de muita dedicação e esforço de todos os profissionais da saúde. Temos feito tudo que está ao nosso alcance, por exemplo: desde janeiro, convocamos 90 aprovados no concurso da saúde feito pela ex-prefeita Teresa Surita. A Lei Federal 173/2020 proibi prefeituras do Brasil de aumentar gastos permanentes até 31 de dezembro de 2021. Ou seja, não podemos chamar mais concursados para aumentar a folha de pagamento de forma permanente. Todos esses 90 empossados até o momento ocuparam cargos em vacância, de servidores que pediram para sair, faleceram, etc. Paralelo a isso, para reforçar os atendimentos nas UBS’s e no Hospital da Criança, já fizemos dois seletivos emergenciais, ofertando 500 vagas em diversas áreas da saúde. Contudo, o deficit de profissionais é muito grande na nossa cidade. Um exemplo específico sobre o caso é que foram convocados 9 médicos e apenas 2 se apresentaram. Sabemos da necessidade de ampliação desses atendimentos, contudo fazemos o que é possível, de acordo com os recursos disponíveis. Mas estamos diariamente buscando soluções para melhorar o atendimento no Hospital, que teve sua reforma totalmente concluída no mês de junho.
O Hospital da Criança é o único hospital infantil do estado de Roraima, atendendo não apenas Boa Vista mas todos os municipios, inclusive da área indigena. Sabemos da responsabilidade que temos e não descansaremos buscando sempre melhorar o nosso atendimento.
Com relação às UBS’s, hoje Boa Vista tem 34 postos de saúde em pleno funcionamento. Desses, 8 fazem atendimentos específicos para covid-19 e estão distribuídos em bairros estratégicos da cidade. De 1º de janeiro até 30 de junho, essas UBS’s realizaram 205.200 atendimentos a moradores de Boa Vista, outros municípios, do Amazonas e até estrangeiros, sempre com recepção igualitária, independentemente de onde a pessoa tenha vindo. Neste primeiro semestre, estendemos os atendimentos e aumentamos os horários e dias de funcionamento dessas unidades. Hoje elas abrem aos sábados e feriados o dia todo e seis delas ficam abertas até meia noite. Antes apenas quatro delas recebiam pacientes até meia noite. 
As outras 26 UBS’s espalhadas pela cidade permanecem atendendo normalmente pacientes com diversos serviços de saúde. Essas unidades, neste mesmo período, realizaram 130.961 atendimentos à população em geral, sempre com dispensa de medicamentos, exames e acompanhamentos. Neste primeiro semestre, também entregamos duas novas UBS’s para Boa Vista, uma no bairro Dos Estados e outra no São Pedro. 
Com relação ao atendimento 24h, esse serviço já é feito no Hospital da Criança Santo Antônio. Em 2020 chegamos a implantar uma UBS com este horário, contudo, após um período de testes, não houve procura, tampouco atendimentos em determinadas horas da madrugada. Então foi feita uma reavaliação e chegou-se à conclusão de que seria melhor para a população ter novas opções de UBS com atendimento até meia noite do que uma 24h que oferecesse serviços de atenção básica. 

5 – Falando um pouco sobre a infraestrutura da cidade, uma avaliação recorrente feita pela população é que a cidade é dividida, e que a prefeitura tem um tratamento diferenciado entre os bairros, priorizando a estética, estrutura, e serviços essenciais em bairros mais nobres, em detrimento de regiões mais afastadas. O que o senhor teria a dizer para quem faz essa crítica?
Esse discurso pode ser apenas falta de conhecimento. Vejamos: de 2013 para cá, asfaltamos mais de 550 ruas e avenidas em toda a cidade. 90% dessas ruas atendidas ficam em bairros da zona oeste, mais afastada do Centro. Também fizemos cerca de 180 km de drenagem em toda a cidade. Mais de 90% dessas obras eliminaram pontos críticos de alagamentos nos bairros mais afastados do Centro. Fizemos quase 400 km de calçadas, grande parte delas nos mesmos locais ondem fizemos drenagem e asfalto.
Hoje, por exemplo, temos um pacote de obras de infraestrutura em andamento, atendendo 53 trechos de ruas nos seguintes bairros: São Bento, Cidade Satélite, Araceli Souto Maior, Jardim Tropical, Laura Moreira e Paraviana. Nessas obras, estão sendo executados 16 km de novo asfalto, 12 km de drenagem e 31 km de urbanização. Ou seja, como pode ser visto e comprovado por matérias na imprensa, esses investimentos estão chegando a cinco bairros da zona oeste ou mais afastados do Centro e muito populosos. E tem sido assim nos últimos oito anos e meio. 
Outro exemplo foi com a construção de escolas. Das 40 unidades construídas e reformadas, apenas 1 está no bairro Paraviana. Todas as demais estão em bairros muito mais populosos e afastados do Centro. A lista das escolas entregues está disponível no portal da Transparência e no Observatório de Boa Vista. 
Mas é importante esclarecer que isso não acontece como uma forma de discriminação aos bairros centrais, até porque toda a população de Boa Vista, da área mais rica a mais pobre, paga impostos e merece o mesmo tratamento e o mesmo respeito do poder público com a aplicação dos recursos. Existem outras comparações de investimentos que foram aplicados em todos os bairros, tudo feito com base em estudos e consultas através do programa Braços Abertos, implantado em Boa Vista pela ex-prefeita Teresa Surita. 
É fato que ainda existem ruas em situação precária, sem drenagem ou asfalto. Aí é importante frisar que essas obras de infraestrutura são caríssimas e, com recursos próprios da Prefeitura de Boa Vista, não é possível chegar a todos os bairros. Por exemplo, a prefeitura tem o orçamento anual menor do que a Secretaria de Estado da Saúde, do Governo de Roraima, para cuidar de 70% da população. Por isso, dependemos muito de recursos federais, através de emendas de senadores e deputados federais. Hoje, por exemplo, ainda executamos obras com recursos que foram deixados pelo ex-senador Romero Jucá. Desde quando Romero deixou de ser senador, os outros três senadores por Roraima não trouxeram nenhum real sequer para investimentos em melhorias nas ruas da cidade. Não recebemos um real dos atuais senadores para construir uma UBS ou comprar medicamentos em plena pandemia. Todos esses investimentos que mudaram para melhor a vida de muita gente, foram aplicados na cidade porque Romero conseguiu liberar emendas em Brasília. 

6-  Outra percepção apontada em relação a Boa Vista é a que haveria uma prioridade para o urbanismo de parte da cidade em comparação com áreas como saúde e educação. Qual é a prioridade da prefeitura de Boa Vista na hora de investir seus recursos?

Esse também é um discurso que pode ser falta de conhecimento, criado em período de campanha eleitoral. Urbanismo é muito mais do que cuidar de plantas. A Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Meio Ambiente cuida da coleta de lixo da cidade, do aterro sanitário, da limpeza, capina, varrição de ruas e avenidas, limpezas de equipamentos públicos, recapeamento, tapa buracos, limpeza de igarapés e praias, canais de escoamento, bocas de lobo, valas e drenagem, manutenção de galerias, recolhimento de entulhos e galhadas, iluminação pública (implantação e manutenção), fiscalização ambiental e licenciamento ambientais, manutenção e preservação de praças e outras áreas públicas, prédios públicos, auxílio com a Defesa Civil, pintura de meio fio, jardinagem. Além disso, é responsável pelo cuidado e a manutenção da frota de veículos próprios do município. Ou seja, todo o investimento feito pela Secretaria de Serviços Públicos atende a um único objetivo: garantir a saúde da população, porque uma cidade suja, mal cuidada, abandonada, com lixo espalhado nas ruas, sem coleta domiciliar, adoece as pessoas. 
Costumo dizer que para administrar uma cidade, não há apenas uma prioridade. Tudo é prioridade! É preciso trabalhar forte, pensar em todos os detalhes, atender a todas as áreas, cuidar de tudo. E tudo o que fizemos nesses oito anos e meio mudou Boa Vista para muito melhor, porque trabalhamos e definimos investimentos com base em estudos, conversas, consultas e muito planejamento. Por isso, tenho a tranquilidade de responder essa questão e garantir que os investimentos em todas as áreas têm um propósito, uma intencionalidade, uma meta traçada. Tudo é feito com muita responsabilidade.  

7 – Uma análise da FGV Social, ainda que com dados subjetivos, mostra que brasileiros estão menos felizes, efeitos da perda de ocupação (desemprego e participação trabalhista). Quais políticas a prefeitura de Boa Vista tem adotado para estimular a geração de emprego e renda em Boa Vista?
A Prefeitura de Boa Vista, sem medo de errar, foi a instituição que mais criou emprego e gerou renda na cidade nos últimos oito anos e meio. Foram mais de 800 obras executadas em toda a cidade, em todas as áreas. Isso gerou milhares de empregos, aqueceu a economia, os segmentos de serviços, vendas e estimulou a abertura de novas empresas, o que, consequentemente, fez criar vagas com carteira assinada. A transformação que a cidade passou, e que é vista, percebida e usada por todos, trouxe a garantia de comida na mesa para milhares de pais de família e fez circular muito dinheiro dentro da nossa cidade. 
A cada obra planejada, executada, entregue, a gente movimenta a economia, traz o desenvolvimento. É aí que a gente frisa, mais uma vez, a importância de termos representantes em Brasília que tenham compromisso com todo o Estado. Boa Vista, nos últimos dois anos, não recebeu um real sequer de nenhum dos três senadores para asfaltar ruas, fazer drenagem, construir escolas, comprar remédios, construir postos de saúde ou ampliar a estrutura do Hospital da Criança. Tudo o que foi feito desde 2013 até hoje, foi com recursos que o ex-senador Romero Jucá conseguiu em Brasília e a ex-prefeita Teresa Surita e eu executamos. Em todos os investimentos, a exemplo do Parque do Rio Branco, a gente deixa um legado. Lá, por exemplo, é um legado social. Indenizamos mais de 350 famílias que viviam em áreas de alagamento, drogas e prostituição. Transformamos aquela região. Ou seja, o significado do Parque vai muito além de um ponto turístico. Foi uma obra social, histórica e que mudou para melhor quem saiu daquela situação, quem trabalhou na obra e quem ainda vive nas proximidades, que agora teve os imóveis supervalorizados. Já é possível ver comércios surgindo ao redor do Parque e isso já está trazendo renda, emprego e mais qualidade de vida para as pessoas. Isso é apenas uma contextualização do que são as políticas adotadas pela prefeitura para estimular a economia. 
Paralelo a esses investimentos em infraestrutura, construção de equipamentos públicos, a prefeitura reformou, modernizou e ampliou comércios populares, a exemplo do Caxambu, Wakiri, centenas de quiosques em praças públicas e praças de alimentação. Nós também estimulamos ambulantes com a entrega de equipamentos e barracas padronizadas para as feiras populares. No serviços público, fizemos 11 concursos nas mais diversas áreas, o que trouxe emprego e estabilidade, executamos seletivos emergenciais, pagamos fornecedores em dia, pagamos salários de servidores em dia, décimo terceiro, progressões, promoções, precatórios e muito mais. Boa Vista segue em frente e continuaremos fazendo a nossa parte. 
Recentemente, enviamos um projeto de criação de um agência de fomento municipal à Câmara Municipal que infelizmente foi arquivado. Essa agência poderia hoje ser mais um caminho para o apoio a centenas de pequenos empreendedores que poderiam estar sendo atendidos com um programa de microcrédito. Vamos continuar lutando para criar mais ações de incentivo contando sempre com o apoio de toda a população e também com a sensibilidade do nosso poder legislativo.
8 – Boa Vista poderá comemorar o fim dos alagamentos nos próximos três anos e meio?

Este ano, Boa Vista sofreu com a grande cheia que ocorreu no rio Branco, a exemplo da cheia de 2011. E as consequências de hoje foram consideravel e visivelmente menores do que 10 anos atrás. No antigo Beiral, onde hoje está o Parque do Rio Branco, por exemplo, quando o nível do rio chegou este ano perto dos 10 metros, centenas de famílias teriam saído das suas casas. Em outros bairros da cidade, muitas ruas teriam ficado submersas por vários dias, o que costumava trazer inúmeros prejuízos às famílias que perdiam tudo. A cada ano, a cada inverno, Boa Vista sofre menos. Por exemplo, este inverno vai ser o último dos moradores do Cidade Universitária, região longe do Centro, com ruas esburacadas, lama e matagal. Isso porque stamos fechando todo o bairro com drenagem, asfalto e urbanização. Com o fim do inverno, as obras vão retornar com toda força e vamos conseguir finalizar todos os investimentos que temos planejado para os próximos meses. Temos um objetivo de diminuir consideravelmente os pontos críticos de alagamento da cidade. E esses pontos críticos são eliminados com obras de drenagem, asfalto e urbanização. Em seis meses de gestão, temos obras sendo executadas em, pelo menos, 100 trechos de ruas e avenidas, sua grande maioria em bairros mais afastados do Centro. Mas o Centro e os bairros de outras regiões também merecem receber esses investimentos. Então, onde for preciso aplicar recursos públicos para obras de infraestrutura, independentemente de ser bairro afastado do Centro ou não, nós vamos fazer, porque todos são cidadãos de Boa Vista, pagam impostos e merecem o mesmo tratamento. Assim vamos trabalhar pelos próximos anos. Então, a resposta é sim. A cada ano, a cada investimento, vamos mudando a realidade dos bairros. 

9 – Em relação à mobilidade urbana, Boa Vista pretende regulamentar alternativas aos ônibus, como por exemplo os mototaxis? E quanto aos aplicativos de transporte, como está a discussão sobre a regulamentação do serviço em âmbito municipal?

É importante destacar que recentemente convocamos os representantes da categoria de mototaxistas e eles manifestaram a vontade de continuar sendo um serviço privado e não um serviço público. (como os táxis por exemplo)
Nossa intenção é regulamentar todo o transporte de passageiros através de motocicletas na cidade.
No plano de mobilidade urbana será feito um prognóstico de crescimento de demanda futura e a partir disso será elaborada a lei que regulamentará os diversos tipos de mobilidade dentro da cidade.
Os aplicativos também serão debatidos no plano de mobilidade, mas é importante esclarecer que transporte por aplicativo também é um serviço privado e não público.

10 – Como o senhor espera ver Boa Vista nos próximos anos? O que a população pode esperar da gestão para melhorar sua qualidade de vida?

Boa Vista é reconhecida como a capital da primeira infância, e é nessa nova geração que vamos focar construindo uma base sólida através da educação, saúde e ações sociais que vão ajudar no desenvolvimento da nossa capital.
Como boavistente e pai de 4 filhas, vejo que o futuro da nossa cidade depende que continuemos a cuidar cada dia mais da nossa população e este é o compromisso da nossa gestão. O trabalho continua. Boa Vista segue em frente!