Cotidiano

Prefeitura diz que não foi autorizada a antecipar segunda dose

A Prefeitura de Boa Vista emitiu uma nota que até o momento não recebeu recomendação oficial do Ministério da Saúde para realizar a ação

Após o Governo do Estado anunciar a antecipação da segunda dose de vacinação para a Astrazeneca na segunda-feira (15), a Prefeitura de Boa Vista emitiu uma nota informando que, até o momento, não recebeu recomendação oficial do Ministério da Saúde para a ação, nem para a vacinação de pessoas abaixo de 18 anos com comorbidade, conforme anunciado pela Secretaria de Estado da Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que foi enviado nesta quinta-feira (15), um ofício à Sesau (Secretaria Estadual de Saúde), solicitando informações sobre quais estudos e critérios justificam a antecipação e inclusão desse grupo e sobre a disponibilidade de doses para a segunda aplicação.

“A prefeitura entende que o foco é vacinar o maior número de pessoas com a primeira dose, buscando alcançar até 70% de cobertura vacinal da população geral acima de 18 anos. Desde o início da campanha de vacinação contra a Covid-19, o município segue as orientações e recomendações do Programa Nacional de Imunizações –PNI. Até o momento, a cobertura vacinal na população alvo registra 34,73% com aplicação da primeira dose” 

Ainda na nota, a Prefeitura ressaltou que “a FioCruz, responsável pela produção da vacina, já emitiu nota oficial informando a importância da manutenção do intervalo de 12 semanas entre as doses. Qualquer alteração no calendário de vacinação será amplamente divulgado nos meios de comunicação”.

Antecipação

Na terça-feira (13), o Governo do Estado informou que a partir do mês de agosto, em Roraima, seria antecipada em 30 dias a aplicação da segunda dose da vacina AstraZeneca e assim o intervalo será reduzido de 90 para 60 dias.

A justificativa apresentada é que grande parte da população em Roraima já tomou a primeira dose e a imunização é alcançada pela aplicação das duas doses da vacina contra a covid-19, garantindo assim um avanço maior na proteção da população.

De acordo com o secretário de saúde, Airton Cascavel, a decisão foi resultado do diálogo desta semana com o Ministério da Saúde. “Nesse momento de conversa em participaram também governadores e secretários de saúde foram definidas estratégias para acelerar a vacinação contra a covid-19 em todo o país”, esclareceu.

O secretário explicou que a medida é válida inicialmente para a vacina AstraZeneca e que serão aguardadas as orientações do MS sobre os demais imunizantes.