O senador Telmário Mota (Pros) publicou um vídeo, na manhã desta terça-feira (20), denunciando que magistrados e servidores do Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR) teriam sido vacinados contra a covid-19, e que teriam furado a fila de vacinação contra o coronavírus.
O parlamentar denunciou ainda que as vacinas contra a covid, utilizadas para vacinar os magistrados e os servidores teriam sido retiradas do Núcleo de Saúde da Operação Acolhida e levadas para o TJ-RR.
Nos dias 14 e 19 deste mês foram publicadas, no Diário da Justiça Eletrônico, do Tribunal de Justiça de Roraima, as exonerações de nove servidores que estavam lotados no Centro Médico e de Qualidade de Vida e no Escritório de Saúde do TJ-RR.
No vídeo, o senador Telmário Mota questionou “Por que demitir só os pequenos e os magistrados não vao ser penalizados. Têm que ser penalizados. Ninguém está acima da lei”.
Senador disse que vai acionar MPF e CNJ
A reportagem entrou em contato com o senador Telmário Mota, para saber quais procedimentos serão adotados e ele informou por meio de nota
“Diante das denúncias de que magistrados e servidores do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR) teriam furado a fila da vacinação contra a Covid-19, retirando vacinas das doses destinadas a Operação Acolhida, acionamos o general Antonio Manoel de Barros, coordenador da ação chefiada pelo Exército, para sabermos a veracidade das informações. Se doses de vacina foram realmente retiradas do domínio da Operação, em que condições e quais magistrados foram vacinados de maneira irregular. Também vamos encaminhar a denúncia ao Ministério Público Federal (MPF) e para o Conselho Nacional de Justiça para que tomem as medidas cabíveis”.
Segundo informações obtidas pela FolhaBV, a vacinação ocorreu no dia 12 deste mês no Fórum Criminal e no dia 13 no Fórum Cível.
TJ-RR diz que adotou providência legais para esclarecer os fatos
Em resposta a demanda enviada pela reportagem, o Tribunal de Justiça de Roraima (TJ-RR) enviou a seguinte nota. Confira na íntegra:
“O TJRR esclarece que cumpre integralmente o Programa Nacional de Imunização, jamais solicitando, autorizando ou permitindo qualquer ação de vacinação contra a Covid-19 em suas dependências ou em seu pessoal, tendo adotado todas as providências legais visando o esclarecimento dos fatos e devida responsabilização”.
OPERAÇÃO ACOLHIDA – A Operação Acolhida enviou a seguinte nota à reportagem:
“Sobre o assunto, a Operação Acolhida informa que, até o momento, não foi constatado nenhuma ilegalidade relacionada à imunização contra Covid-19 e que a operação trabalha sempre em observância aos princípios da legalidade e da legitimidade”.
AMARR – A Associação dos Magistrados de Roraima (Amarr) também se manifestou, por meio de nota de esclarecimento. Confira:
“A Associação dos Magistrados de Roraima (AMARR) esclarece que não são verdadeiras as notícias divulgadas sobre juízes que teriam furado a fila da vacinação contra a covid-19, uma vez que todos os magistrados roraimenses já imunizados receberam a vacina em pontos de vacinação oficiais, seguindo rigorosamente o calendário do Programa Nacional de Imunização, com pleno respeito às faixas etárias e/ou comorbidades”.