Um denunciante entrou em contato com a FolhaBV para informar que os socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do município de Bonfim estariam trabalhando sem o uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Segundo o denunciante, os profissionais estariam utilizando uma camisa branca sem identificação e calça jeans.
Ainda de acordo com ele, os profissionais assumiram o cargo por meio de um processo seletivo a cerca de 60 dias e desde então não receberam os EPI’s.
“Desde quando assumimos o cargo não recebemos os EPI’s e isso é um risco para nós, principalmente com a pandemia, tendo em vista estamos trabalhando com roupas comuns”, ressaltou o denunciante.
Além da falta de EPI, o denunciante informou que a ambulância, que é do município não tem condições de remover pacientes até Boa Vista e eles utilizam o veículo do Estado.
“A ambulância só realiza atendimentos locais e para removermos os pacientes até a Capital pegamos o veículo do hospital, que não possui identificação do Samu”, disse.
OUTRO LADO- A reportagem da Folha BV entrou em contato com o município de Bonfim que informou que todos os servidores do Samu trabalham com um uniforme padrão, composto por uma camisa azul e uma calça.
O município informou também que o macacão azul e a bota devem ser adquiridos com o auxílio para uniforme que será pago pela Prefeitura de Bonfim no final deste mês, no dia do pagamento do funcionalismo público.
De acordo com a nota, a Lei 233/2015 garante o pagamento anual de R$ 1.085,00 para condutores de ambulâncias e técnicos em enfermagem, para aquisição do fardamento.
O valor não foi liberado antes, uma vez que estava sob análise, para saber se seria necessário reajuste. Após cotação de preço, foi verificado que a verba era suficiente para aquisição da vestimenta.
Sobre a ambulância do Samu do município, ela está em manutenção. Houve um acidente durante a noite com o veículo, que atropelou um animal na BR-401, resultando em muitas avarias.
Segundo a nota, o setor de transportes do município tem cobrado da fábrica o envio das peças, mas a entrega, em razão da pandemia da Covid-19, está atrasada. Sendo assim, o Samu utiliza uma ambulância para remoção de pacientes dentro do município, e outra ambulância, cedida pelo Estado, para remoção de pacientes à capital.
A suposta falta de EPI’s também é improcedente. A saúde municipal está abastecida de itens de proteção individual tanto para os servidores quanto para os trabalhadores do Samu.
A Prefeitura de Bonfim informa que qualquer denúncia pode ser formalizada junto à Ouvidoria Municipal. Todas as informações são investigadas e é mantido o sigilo do denunciante, finaliza a nota.