A fiscalização móvel na Zona de Proteção, localizada na fronteira Brasil Venezuela, tem intensificado as ações para coibir o trânsito de produtos lácteos, transportes de cargas sem o GTA (Guia de Trânsito Animal) e carnes. O trabalho é feito diariamente pelos fiscais da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (ADERR).
Na BR-174, nas proximidades da Zona de Proteção, carros, motos, vans, ônibus e pessoas que circulam de forma suspeita são alvos da fiscalização volante. Os fiscais, que trabalham em parceria com a Polícia Militar, realizam operações 24 horas para apreender queijos vindos da Venezuela, segundo a ADERR é o produto que mais é apreendido, carnes e outros alimentos que possam estar levando o vírus da aftosa.
Conforme informou com a médica veterinária Pâmela Nascimento, chefe do Núcleo de Fiscalização de Trânsito e Aglomeração (NFTA) da ADERR, a fiscalização móvel é um convênio firmado pelo Ministério da Agricultura, Superintendência Federal da Agricultura (SFA-Roraima) e a Agência de Defesa. O convênio foi firmado em 2020 para coibir o transporte de produtos que possam levar o vírus da febre aftosa.
“A fiscalização volante é feita de dia e de madrugada para que não passe nada de uma área que o status sanitário não é conhecido, no caso da Venezuela para Roraima, que detém o status de área livre da aftosa com vacinação”, enfatizou Pâmela.
Proximidades da Zona de Proteção
A ADEER enfatizou que o trânsito de automóveis saindo de Três Corações, Surumu, Pacaraima e região, que fazem rotas em direção à Zona de Proteção, posto de fiscalização na fronteira Brasil/Venezuela, está sujeito a fiscalização móvel.
O trabalho de abordagem, feito por dois agentes de fiscalização e dois PMs, faz vistorias em veículos suspeitos, que são parados na BR-174 para serem revistados. São inspecionados porta-malas, bagagem e interior dos automóveis a fim de apreender os produtos de risco sanitário, que não podem ser conduzidos pelos passageiros.
“A ADERR não para. Esse serviço de fiscalização móvel, que é feito em parceria com o Mapa, SFA e PM, é realizado até de madrugada. O trabalho é de suma importância, pois evita o descaminho de produtos que possam causar danos para nossa pecuária, além de causar risco de saúde pública para todos,” observou o presidente da ADERR, Kelton Lopes.
Zona de Proteção (ZP)
A zona de proteção para febre aftosa ao longo da região de fronteira ao sul da Venezuela, no município de Pacaraima, Estado de Roraima – e dentro de zona livre de febre aftosa com vacinação existente no Brasil – foi instituída com a publicação no Diário Oficial da União, no dia 8 de outubro 2018, da Instrução Normativa 52 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Nessa zona de proteção, foram estabelecidas medidas de controle mais severas com objetivo de coibir o trânsito de produtos, que possam carrear o vírus da febre aftosa. Nela, as ações são mais incisivas, mais intensas do que em outras partes de Roraima, porque a Venezuela tem regiões sem controle da doença.
Cotidiano
Ação fiscaliza produtos vindos da Venezuela que possam estar contaminados
Queijo e carnes são os alimentos mais apreendidos