Durante este período de Jogos Olímpicos, que estão sendo realizados em Tóquio, no Japão, tem sido comum surgirem informações sobre atletas que lesionaram partes do corpo durante a competição, principalmente o tornozelo. Esse foi caso da skatista, Pamela Rosa, e da ginasta, Flávia Saraiva, cujas lesões na área impediram a chance de conquistar uma medalha.
Por isso, a FolhaBV conversou com uma fisioterapeuta, Gessika Veloso, para compreender como funciona esse machucado, os tipos que existem, porque é tão comum em atletas e qual tratamento é feito para melhorar a lesão.
A profissional explicou que a entorse é um movimento violento, que vem seguido de um estiramento ou ruptura de ligamentos articulares, e geralmente acontece ao pisar bruscamente em terrenos irregulares ou degraus. Durante a prática de esportes, ela afirmou que é um problema bem frequente.
“As práticas esportivas utilizam a caminhada, corrida, saltos e movimentos rápidos durante sua prática. Essa exigência física torna a atividade exaustiva e passível de fadiga, exigindo esforço máximo dos atletas. Há também agravantes, como disputas acirradas, altas cargas de treinamento e o aumento do contato com os adversários, o que causam níveis de lesão ainda mais altos”, comentou.
Quanto à classificação das entorses, Gessika disse que variam de acordo com a intensidade do trauma. No primeiro grau, ocorre um edema local, em que o machucado é leve e os ligamentos estão íntegros. No segundo, há um edema generalizado com frouxidão ligamentar. Já no terceiro, identifica-se o rompimento de ligamentos, com edema e hematomas generalizados. É nessa última que o atleta fica gravemente prejudicado e torna impossível competir.
Para o tratamento, a fisioterapeuta ressaltou que deve ser feita uma avaliação minuciosa com o paciente antes de tudo, pois assim é possível obter informações sobre a lesão e as limitações da pessoa.
“Tendo em vista o grau da entorse, podemos traçar um plano de tratamento adequado, visando a segurança e eficácia. O tempo de recuperação varia conforme a gravidade e a resposta fisiológica de cada indivíduo. Pode ser rápida, de 24 a 48 horas, ou mais longa”, enfatizou.