Durante a infância, é comum desenvolver problemas odontológicos que afetem a mastigação e a dicção. Um deles é o encaixe anormal dos dentes superiores e inferiores, conhecido como má oclusão dentária. Para compreender como essa condição funciona e qual tratamento deve ser feito, a FolhaBV procurou um profissional para falar sobre o assunto.
Segundo o dentista, Rodrigo Rodrigues, em torno dos cinco anos de idade já é possível realizar o diagnóstico de má oclusão dentária. Em alguns casos, ele afirmou que é possível até iniciar a intervenção ou prever o momento mais adequado para tratá-la.
“Além de dentes desalinhados, os sintomas podem incluir desconforto ou dificuldade ao mastigar e até mesmo dores nos maxilares. A diferença é que, na fase infantil, a intervenção precoce torna o tratamento mais fácil. Já na fase adulta, os aparelhos ortopédicos não podem mais resolver, o que torna o tratamento mais difícil, complexo e até mesmo cirúrgico”, explicou.
O profissional informou que os tipos de má oclusão variam entre mordida aberta, mordida cruzada, dentes apinhados, sobremordida e sobressaliência. “Os motivos para desenvolver essa condição vão desde influência genética, ter hábito de chupar dedo por muito tempo ou usar chupeta durante o desenvolvimento da dentição, a traumatismo e deficiências respiratórias”, disse.
Quanto ao tratamento, Rodrigo ressaltou que deve ser decidido pelo cirurgião-dentista. Há casos que podem ser tratados com aparelhos fixos, ortopédicos, móveis ou, em casos mais severos, uma cirurgia ortognática para pacientes adultos.
“Por isso é tão importante levar a criança ao dentista desde cedo, porque, se ocorrer a má oclusão infantil, pode ser identificada e tratada o quanto antes”, enfatizou.