Esporte

Mundo está de olho em mercado brasileiro, diz especialista em apostas

Brasil tem feito ajustes regulatórios para tornar mercado mais seguro e atraente

Com um mercado que movimenta cerca de R$ 4 bilhões por ano, as apostas esportivas ainda carecem de marcos regulatórios mais bem definidos no Brasil. Empresas de diversas partes do mundo já entenderam o amplo potencial do mercado nacional, mas ainda têm receio de trazer suas empresas para se fixar no país sem que antes existam leis específicas para as apostas esportivas.

Sites e plataformas têm ajudado novos apostadores a entender como a prática funciona. O Betfair código promocional bônus é um dos exemplos, mas existem outros sites, imbuídos da missão de disseminar as boas práticas da modalidade, com análises de dados econômicos e também perfis dos apostadores brasileiros, para que o setor avance cada vez mais.

Para especialistas em apostas esportivas, o Brasil pode crescer ainda mais se conseguir adequar suas leis. É ideal que o país busque o equilíbrio entre os interesses do capital estrangeiro e as possibilidades de tributação nas operações, de modo que os cofres da União sejam abastecidos por uma prática que cresce vertiginosamente no país.

Para Bárbara Teles, Secretária-Geral da Comissão de Direito dos Jogos da OAB/DF, a situação no Brasil pode ser mais favorável nos próximos anos, a partir da mudança que o cenário impõe ao país. ” Os operadores estão muito ligados à integridade das apostas e que o regulador brasileiro vai ter que se atentar para essa questão da integridade”, disse a secretária-geral, ressaltando que o rigor da lei será fundamental.

Segundo Maria Luiza Jobim, advogada do escritório FYMSA, que é especializado em direito empresarial, o mercado brasileiro está cada vez mais fortalecido para receber aportes de empresas estrangeiras. “O Brasil enfrenta um desafio. Há um apetite grande da indústria internacional no país, mas a questão da falta de clareza e segurança jurídica é um problema. Por isso é importante trazer essa ideia do que é o GGR e de ter uma regulação coesa”, comenta.

A advogada destaca ainda o preconceito vivido por quem quer debater sobre um assunto que já é legal no país. “A indústria do jogo ainda enfrenta essa questão moral às vezes. A partir do momento que a aposta de quota fixa passa a ser uma atividade legal e regulada, juízos morais não vão ter que intervir na objetivação”, diz. “Usar cartão de crédito é outra polêmica porque há situações para impedir que as pessoas gastem muito com jogos”, complementa a advogada.

A regulamentação é parte fundamental para que empresas internacionais atuem no setor brasileiro. Além de atrair capital externo, também ajuda a diminuir os problemas de legitimação salientados por Maria Luiza Jobim. Boa regulação é fundamental para garantir a integridade do esporte, proteger os torcedores e gerar novas receitas”, afirmou recentemente ao site globoesporte.com o advogado Pedro Trengrouse, único membro brasileiro da International Association of Gaming Advisors (IAGA).

“A economia popular não pode correr riscos com operadores incapazes de honrar seus compromissos e a incerteza dos resultados esportivos precisa ser protegida. Reconhecer que a atividade existe, que as casas de apostas funcionam agora é algo muito importante. A justiça não é essencial só para os usuários e, sim, para todos. Precisa haver justiça para os usuários, casas de apostas, meios de pagamento, fornecedores”, acrescentou o especialista.