Em Roraima desde 2017, por conta da crise migratória a Força Nacional emprega mais de 100 agentes de segurança em missões pelo estado, onde deve permanecer até outubro deste ano.
No entanto, esses agentes estão com os valores de suas diárias sem qualquer tipo de reajuste desde o ano de 2009. Além disso, a falta de estrutura de alojamentos em missões espalhadas por todo o país, deixa descontente quem dedica a vida a proteger a vida do próximo.
Para se ter uma noção, o valor das diárias pagas para os agentes é tabelado conforme as localidades. Nas capitais dos estados de, Amazonas, Distrito Federal e Rio de Janeiro as diárias são de R$ 224. Nas demais capitais o valor é de R$ 200 e nos interiores é pago a diária de R$ 177.
De acordo com informações de um dos policiais, o valor das diárias não é suficiente para se manter, tendo em vista a inflação da gasolina, cesta básica e outros itens para a subsistência humana. “Quando houve o último aumento das diárias em 2009, recebíamos quase 43% de um salário mínimo. Hoje o valor representa apenas 16%, e com o aumento das coisas, é difícil se manter em uma missão. Esse valor é para pagarmos hotel, alimentação, entre outras necessidades”, destacou o policial que preferiu não se identificar.
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Outra reivindicação dos policiais é a falta de logística quando estão em missões em região de mata ou em outro estado. “Nunca existiu essa logística para nós, por exemplo, quando estamos em missões em região de mata não temos barraca, ou quando chegamos a um estado não existe apoio de alojamento e de alimentação. Gostaríamos de um suporte maior”, acrescentou.
A reportagem entrou em contato com o Ministério da Justiça, que explicou que os valores das diárias seguem o decreto do Executivo Federal: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/decreto/d5992.htm. Ficando a cargo do Executivo pela questão.
“Este valor de R$ 177,00 de diária é o mínimo, pois o efetivo da Força é classificado como classe F, conforme o decreto acima. A Força Nacional de Segurança Pública atua somente em apoio aos órgãos demandantes. A operação conta com apoio logístico do órgão demandante, que deve dispor da infraestrutura necessária ao efetivo enviado”, completou a nota.
A reportagem procurou a Casa Civil e foi informada de que o assunto é tema específico do Ministério da Justiça.
