Um romance intitulado “Rupununi: Dias de Revolta”, baseado em fatos ocorridos na República Cooperativista da Guiana no final de 1968 e início de 69, foi lançado esta semana pela Uerr Edições, Editora da Universidade Estadual de Roraima.
A obra, escrita pelo professor da Uerr, Carlos Borges, foi inspirada nas pesquisas da tese de doutorado do autor, que envolveu entrevistas com pessoas que tiveram alguma participação no episódio. A história contada ao longo de 16 capítulos é baseada em fatos ocorridos no país vizinho, quando houve a chamada “Revolta do Rupununi” planejada por um grupo de fazendeiros da região, apoiados pela Venezuela.
Todo o livro é narrado em primeira pessoa e Carlos explica que os personagens, bem como as fazendas e as empresas presentes na obra, são fictícios. “As histórias montei através de relatos de quem participou da revolta, pessoas com quem conversei muito, aqui no Brasil, na Guiana e na Venezuela. Utilizei um evento que, quando escrevia, estava muito vivo em Roraima, que foi a demarcação da Raposa/Serra do Sol, para criar um conflito de indígenas com fazendeiros”, acrescentou.
Disponível em formato digital, o e-book pode ser baixado gratuitamente acessando o link: https://edicoes.uerr.edu.br/index.php/inicio/catalog/book/43.
Carlos comentou que o livro, além de informar, reforma a mensagem de que “o destino de qualquer pessoa sempre estará submetido à vontade do acaso, e às formas de relações que cada um nós construímos com os outros”.
Sinopse
O romance “Rupununi: Dias de Revolta” é um livro magistralmente escrito por Carlos Borges, que, como fonte de inspiração, usou as pesquisas de sua tese de doutorado entrevistas com pessoas que tiveram alguma participação no episódio. A história do livro é baseada em fatos ocorridos na República da Guiana no final de 1968 e começo de 69, quando houve a chamada “Revolta do Rupununi” planejada por um grupo de fazendeiros da região, apoiados pela Venezuela. É um livro que prende a atenção do leitor do começo ao fim. Em suas páginas habitam personagens de personalidade forte; negros, índios e brancos convivem nem sempre harmoniosamente; onde paixões afloram e conflitos proliferam.
Carlos Alberto Borges da Silva
Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – (1992), mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – (1994), doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP – (2006) e pós-doutorado em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo -USP e pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa – IUL, Portugal, em 2011 e 2012.
tualmente é professor da Universidade Estadual de Roraima – UERR, da Faculdade Cathedral de Ensino Superio e pesquisador antropólogo no Instituto de Amparo à Ciência, Tecnologia e Inovação – IACTI -, em Roraima. Tem experiência na área de Antropologia, com ênfase em Antropologia Urbana , Populações Afro-Brasileiras, Antropologia das terapêuticas de cura sóciomágica e estudos sobre violência.