O indígena Z. M. S., de 52 anos, foi preso pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (1), em Normandia, acusado de estuprar a filha de 12 anos. Segundo a polícia, o crime era praticado com frequência, há quase um ano.
A família tomou conhecimento do crime quando a mãe da vítima percebeu o comportamento depressivo da filha, que chegou a falar em suicídio. Somente em junho deste ano, a menina revelou o que estava passando.
“A mãe da garota quando soube do acontecido separou-se do acusado. A avó materna da menina foi quem procurou a Polícia e registrou o Boletim de Ocorrência”, disse o delegado titular de Normandia, Rodrigo Gomides.
Segundo as investigações, a menina morava com os pais, a avó e uma irmã mais nova. Além da violência sexual, o pai ainda ameaçou a filha, afirmando que ela não deveria contar o que tinha acontecido. A vítima relatou ainda que o crime ocorria sempre na madrugada, quando a família estava dormindo.
Em julho de 2021, o Núcleo de Proteção da Criança e do Adolescente instaurou um inquérito policial para apurar o crime, ocasião em que foi representada pela de prisão preventiva do acusado Z. M. S.
O Poder Judiciário deferiu a prisão preventiva do acusado. Ao tomar conhecimento de que ele estaria numa comunidade indígena na região de Normandia, a equipe do NPCA pediu apoio da Delegacia do município.
“Montamos uma ação integrada e cumprimos a prisão dele na Comunidade Indígena Raposa I. O encontramos dormindo numa rede, embriagado, sendo que ele não reagiu à prisão”, disse o Delegado.
O acusado negou os fatos, inclusive a ameaça de estuprar a criança mais nova. Afirmou ser invenção da mãe em função de uma briga por causa de uma herança.
O acusado foi encaminhado para Audiência de Custódia, na Comarca de Bonfim.