Oito mulheres foram condenadas por integrar organização criminosa. Cinco das acusadas também foram condenadas por exercer voz de comando dentro de facção criminosa em Roraima.
Juntas, as penas das mulheres chega a mais de 100 anos de prisão em regime, inicialmente, fechado. A sentença foi proferida no último dia 23 de agosto pelo juízo da Vara de Entorpecentes e Organização Criminosa.
Denominadas “irmãs”, como são chamadas as mulheres batizadas na facção criminosa, as acusadas exerciam diversas atividades dentro da estrutura da organização criminosa, entre elas, o registro e controle várias informações sobre a atividade criminosa produzidas pela facção.
A denúncia ocorreu através do Ministério Público (MPRR) e foi protocolada pela Promotoria de Justiça Especializada em Crimes de Tráfico Ilícito de drogas e Crimes Decorrentes de Organização Criminosa após a “Operação Lâmpades”, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro de 2020, para desarticular uma “ala feminina” de facção criminosa.
Interceptações telefônicas demonstraram que as denunciadas mantinham contato constante que visavam à prática de crimes graves e violentos atrelados aos delitos. Ficou comprovada a existência de uma associação, baseada na confiança e batismo, além de auxílio mútuo ,empréstimo de armas e consignação de drogas para revenda, entre as envolvidas.
Ainda de acordo com a Denúncia do MPRR, as investigações evidenciaram que todas as mulheres agiam coletivamente em prol da organização criminosa. “Elas atuavam para que a facção tivesse o monopólio da distribuição e comercialização de drogas. Os diálogos e documentos demonstraram o engajamento das integrantes no tráfico e ainda emprego ostensivo de armas de fogo”, destaca trecho da Denúncia.