Cerca de 70 instrutores do curso de formação de soldados da Polícia Militar ministram as aulas desde mês de abril, mas até o momento não receberam os pagamentos pelas aulas dadas.
A medida contraria o edital, que afirma que os pagamentos seriam feitos mensalmente mediante a comprovação da prestação do serviço. Os professores são, em sua maioria, policias ativos e da reserva, e civis.
Cada hora-aula equivale a R$60, e a maioria das disciplinas têm carga de 30 horas. Um dos instrutores conversou com a Folha e disse que o débito já chega a R$ 7.200, considerando que ele deu aulas para quatro turmas.
Segundo os denunciantes, quando questionam o comando da Polícia Militar sobre o assunto, a resposta recebida é que a corporação não pode mais fazer nada. Que o pagamento depende do Governo do Estado.
Segundo o denunciante, a previsão do término do curso da primeira turma era agosto, mas deve terminar somente e outubro. O Governo do Estado já anunciou que outra turma deve iniciar em outubro, nas quais os instrutores deverão ser os mesmos, considerando que o processo seletivo tem validade de dois anos.
A Polícia Militar informou que está sendo solicitado junto a Secretaria da Gestão Estratégica e Administração os lançamentos da folha suplementar contendo os pagamentos das horas referentes aos meses de abril e maio das horas-aulas do Curso de Formação de Soldados e outros cursos. Mas não foi informada uma data exata sobre quando o pagamento vai ocorrer.
“Mas é importante destacar que o motivo do atraso no pagamento se deu por conta de alguns instrutores que preencheram os dados incorretamente. E esclarecer que os recursos para os referidos pagamentos estão garantidos e previstos dentro do orçamento e que o pagamento ocorre geralmente ao término da prestação do serviço”, continua a nota.