O número de golpes registrados na Polícia Civil envolvendo empréstimos consignados quase quadruplicou neste ano, antes mesmo de ele acabar. O número saltou de cinco casos em 2019, outros cinco em 2020 para 19 casos em 2021, até o momento. Os dados são da Polícia Civil de Roraima.
A operação criminosa funcionava oferecendo portabilidade de empréstimo aos servidores públicos. A “empresa” indica contas para o depósito financeiro, enganando aqueles que buscam redução de juros em suas parcelas do empréstimo.
Também há casos em que banco disponibiliza grandes quantias, sem nenhuma justificativa aparente na conta de aposentados e pensionistas. A partir disso, o dinheiro será cobrado de forma abusiva.
Há ainda os casos em que a mira é quem está endividado, com nome sujo no mercado sem poder fazer empréstimo em instituições financeiras convencionais. Os golpistas se apresentam oferecendo empréstimos e simulam a transação e só que no final de tudo, afirmam que para desbloquear o valor, é preciso que a pessoa deposite uma determinada quantia, a título de taxa e quando o referido depósito é feito, eles simplesmente somem.
Estas vítimas em potencial são contatadas por telefone ou por email. Uma servidora pública de um órgão federal em Roraima escapou por pouco desta cilada. Ela recebeu mais de 20 ligações com propostas de redução das parcelas do seu consignado.
Desconfiada, resolveu aceitar a proposta de uma pessoa que se apresentou como funcionária de um banco famoso por fazer consignados, e encaminhou para verificação junto à instituição com quem mantém contrato, por suspeitar de golpe. E a resposta não foi outra: era fraude.
Vítimas
Um fato que chama atenção em relação às vítimas é a faixa etária. Geralmente os idosos são as vítimas preferidas deste tipo de criminoso, por serem geralmente pessoas mais vulneráveis.
Mas em 2021 essa faixa etária caiu. Enquanto nos dois anos anteriores, praticamente todas as vítimas que denunciaram os casos à polícia tinham acima de 60 anos, neste ano os criminosos não fizeram distinção de idades e enganaram vítimas dos 27 aos 70 anos.
Além de Boa Vista, os casos também foram registrados nos municípios de São João Da Baliza, Caracaraí e Iracema nos últimos três anos.
Saiba como proteger destes golpes.
