O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), deputado Soldado Sampaio (PC do B) disse em discurso na manhã desta terça-feira, 21, que o deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade) teria pedido que o governador Antonio Denarium extinguisse a força-tarefa que investigava o sequestro do jornalista Romano dos Anjos.
De acordo com Sampaio, o pedido teria sido feito no mês de novembro do ano passado, quando Jalser ainda era presidente da ALE, e Sampaio ocupava o cargo de chefe da Casa Civil do Governo do Estado.
“Ele foi no Palácio em novembro, quando eu era chefe da Casa Civil e, espero que o governador seja muito macho para sustentar o que estou falando aqui… Quando eu recebi o deputado Jalser em um tom de desespero que solicitou que o governador extinguisse a força-tarefa que estava conduzindo o inquérito”, afirmou Sampaio.
Ainda de acordo com ele, Jalser teria dito ainda ao governador que um policial afirmou que o mataria caso fosse apontado como um dos envolvidos no caso.
“Ele chegou e falou: ‘Exijo que acabe esse decreto que conduz essa força tarefa e digo mais, se chegar em mim ou em algum policial chegado a mim’, e apontou para a sala de traz, onde estavam vários policiais, e disse que um dos policiais teria dito que se se chegasse até ele, dava um tiro na cara do governador e depois metia um tiro na cara dele e se matava”, acrescentou.
Sampaio disse que na ocasião alertou ao governador sobre a necessidade de reforçar a sua segurança pessoal, mas que depois acabaram deixando o assunto de lado. “Até por que não sabíamos onde ia chegar o inquérito, que terminou com a prisão desses policiais, inclusive esse que segundo Jalser estaria ameaçando o governador. Acho que o governador deve reforçar sua segurança”, repetiu o parlamentar.
O pronunciamento de Sampaio ocorreu após o deputado Jalser Renier ter participado da Sessão onde disse que estaria sendo vítima de uma armação política.
O Governo resolveu não polemizar e disse que defende a relação harmoniosa entre os poderes. “O governador, como chefe das forças de segurança do Estado, trabalhará todos os dias para que se mantenha o foco no cuidado com a população e não mudará sua missão institucional por desejo ou vontade de A ou B que fuja aos princípios da legalidade, moralidade e da Democracia”, completou a nota do Executivo Estadual.