Cotidiano

Grávida é impedida de assumir cargo temporário no governo

Governo do Estado informou que ela não pode ser lotada nas escolas por estar com diabetes gestacional

Grávida de 8 meses, Derly Rodrigues Ferreira, de 35 anos, foi impedida de assinar contrato de professora intérprete de Libras (Língua Brasileira de Sinais)

O nome dela estava entre os 24 aprovados, conforme resultado divulgado no dia 22 de setembro, divulgado pela Seed (Secretaria de Educação e Desporto), no entanto, mesmo após ter sido aprovada, ela foi barrada na hora de assinar o documento para iniciar suas atividades. 

“Fiz o seletivo para intérprete de Libras, fui classificada e convocada para assinatura do contrato, que foi na tarde dessa quarta-feira, 22. Inclusive entreguei toda a documentação e mais dois informes médicos da endocrinologista, pois estou gestante e com diabetes gestacional”, relata.

Segundo edital, publicado no dia 24 de agosto deste ano, a contratação temporária de 24 tradutores/intérpretes de Libras (Língua Brasileira de Sinais) vai atender a demanda das escolas da rede estadual de ensino na Capital e no interior.

“Eu fui discriminada por estar grávida. A chefe da divisão de lotação ainda falou que, como tenho direito a licença maternidade, ficaria em casa com a criança recebendo sem trabalhar, pois o processo seletivo era para contratação imediata”, esclarece Derly Rodrigues.

A Secretaria de Educação e Desporto (Seed) disse que ela não pode ser lotada para iniciar as funções não por estar grávida, mas sim, por estar com diabetes gestacional. O caso será analisado pela Procuradoria-Geral do Estado. 

“Informa que, no dia da convocação dos aprovados para assinatura do contrato e lotação, que ocorreu no dia 22 de setembro, a candidata apresentou um laudo médico no qual indicava que a mesma possui diabetes gestacional e que por este motivo, não poderia ser lotada para atuar.

A situação será encaminhada para análise na Procuradoria Geral do Estado uma vez que processos seletivos possuem caráter de contratação imediata por parte da administração pública, ou seja, é uma contratação em caráter excepcional que visa preencher vagas existentes, e no caso da Educação, com a retomada das atividades presenciais nas escolas, requer o início imediato do trabalho pelos profissionais contratados”, disse a Seed, em nota.