Cotidiano

Vacinação contra a Febre Aftosa inicia nesta quinta-feira

A meta é vacinar as 52 mil cabeças de gado localizadas nas comunidades e garantir o índice de mais 95% de cobertura vacinal em Roraima

A Agulha Oficial, campanha de imunização do rebanho bovino contra a febre aftosa promovida pelo Governo de Roraima em terras indígenas começa nesta quinta-feira (21).

Serão 45 dias de trabalho nas terras indígenas Raposa Serra do Sol e São Marcos, dentro dos municípios de Normandia, Pacaraima e Uiramutã. A meta é vacinar as 52 mil cabeças de gado localizadas nas comunidades e garantir o índice de mais 95% de cobertura vacinal em Roraima.

Para o sucesso da ação, o Governo do Estado, por meio da Aderr, disponibiliza veículos, pagamento de diárias, além da cessão de 14 servidores para compor a equipe de vacinação junto aos indígenas. Além da própria Aderr, estão envolvidos na ação, o Ministério da Agricultura, Funai e Fundepec.

O governador Antonio Denarium destacou que a Agulha Oficial garante a sanidade do rebanho e mais renda para as comunidades indígenas. “É um trabalho árduo, mas de importância para Roraima, porque além de cumprir a meta de vacinar todo o rebanho do Estado, que hoje já ultrapassa 1 milhão de cabeças, mantém Roraima como área livre de febre aftosa com vacinação, ajudando os produtores na sanidade dos seus animais e assegurando retorno financeiro do investimento na bovinocultura”, destacou.

De acordo com o chefe do Programa Estadual de Vigilância da Febre Aftosa, Marcos Duarte, serão vacinados animais de 0 a 24 meses que estão na linha de fronteira da Guiana e Venezuela.

“Todo rebanho será vacinado oficialmente pelo serviço de Defesa Agropecuária. Esta é uma ação de grande relevância para a pecuária roraimense e nacional “, enfatizou, Marcos Duarte.

Pecuária Indígena

Atualmente o rebanho bovino das comunidades indígenas é de cerca 52 mil animais. A pecuária tem crescido ao longo dos anos e a tendência é aumentar, pois eles estão cada vez mais se aperfeiçoando e melhorando suas técnicas, a genética, a estrutura física e compreendendo o valor desse segmento para desenvolvimento da sua economia, segundo informou a diretora de Defesa Animal, Erika Paracat.

Os indígenas aprenderam a trabalhar com gado, quando prestavam serviços de vaqueiro nas fazendas locais na década de 1970. O manejo com os bovinos ajudou a criar uma cultura de criação dos próprios animais. Com a saída dos fazendeiros, eles assumiram os pastos e começaram a investir na pecuária, que é feita de forma comunitária.

Agulha Oficial

Em 2010 teve início o trabalho da Agulha Oficial. Muitas dificuldades foram enfrentadas para cumprir com a cobertura vacinal projetada pelos técnicos. Apesar dos obstáculos, sempre houve êxito nas ações. Hoje, existem rotas georreferenciadas, comunicação por internet, participação massiva dos indígenas, melhorias nas estruturas físicas, dentre outros benefícios que facilitam os trabalhos dos vacinadores.

“Não há dúvidas que é um serviço fundamental para a  imunização dos rebanhos nas comunidades indígenas, ajudando a manter nosso status de área livre de febre aftosa com vacinação”, destacou o presidente da Aderr, Kelton Lopes.