O artesanato indígena roraimense ganhará destaque no 14º Salão do Artesanato – Raízes Brasileiras, que acontece de 27 a 31 de outubro, na arena de eventos do Pátio Brasil Shopping, em Brasília. Na ocasião, 800 peças de artesanato de várias tipologias como cestaria, biojóias, arte em madeira, trançados de fibras e artes com sementes serão expostos na capital federal.
Indígenas das etnias Macuxi, Wai-wai, Taurepang, Ingaricó, Yanomami, Yekuana e Wapichana irão apresentar os seus trabalhos na feira, que deve reunir o que há de melhor na produção artesanal do Brasil, preservando a cultura nacional. A ida dos artistas e peças para o salão será proporcionada pelo SEI (Secretária do Índio), em parceria com o Programa de Artesanato de Roraima (PAR) da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social).
O secretário estadual do Índio, Marcelo Pereira, ressaltou que a participação dos artesãos de Roraima na festividade evidencia o trabalho feito pelas comunidades indígenas, na confecção de peças de artesanato que ganham cada vez mais destaque.
“O Governo do Estado está fortalecendo esse setor, gerando renda, principalmente dentro das comunidades indígenas, para as mulheres e alguns artesãos homens. Por isso, nós temos um departamento exclusivo, dentro da Secretaria do Índio, que está acompanhando e dando assistência ao processo de confecção e comercialização dos produtos”, disse Pereira.
O governador Antonio Denarium frisou o apoio que o Governo de Roraima vem dando às comunidades indígenas na atual gestão. “A nossa gestão tem um respeito enorme e um forte compromisso com os indígenas do nosso Estado. Por isso estamos investindo em diversos segmentos, que acreditamos, vão gerar renda e independência para as comunidades”, complementou.
As 800 peças de artesanato que serão levadas para Brasília são resultado das atividades desenvolvidas junto às comunidades pelo Centro de Artesanato Indígena “Ko’go Damiana”, setor ligado à SEI. Diretora do local, Síria Mota pontua o fortalecimento da arte como principal missão do Centro, tanto para divulgação da cultura, quanto para geração de renda.
“Nós trabalhamos com todas as etnias, temos várias tipologias e, em breve, nós vamos estar fazendo a capacitação dessa arte para o fortalecimento e garantir que essa cultura se mantenha viva no nosso Estado”, concluiu.