Familiares de Carlos Barreto enviaram uma carta aberta à redação da Folha BV denunciando a demora na entrega do relatório do inquérito da perícia, que aponta a causa do acidente que tirou sua vida.
Barreto morreu no dia 20 de agosto do ano passado após um rebocador de balsa naufragar, no município de Caracaraí.
Desde então, a família não teve retorno por parte da Marinha. Segundo o documento, os familiares dependem de um laudo para dar entrada para resolver questões na Justiça e direitos.
“A Marinha é obrigada a fazer o laudo sobre o acidente. Falamos com um advogado que disse que a Marinha está prevaricando, o que é crime. É obrigação deles abrirem um inquérito para apurar as causas do acidente, principalmente se alguém vier a óbito”, diz um trecho da carta.
Ainda de acordo com a carta, na manhã do dia seguinte ao óbito, os familiares entraram em contato com a Marinha para realizar uma denúncia de que estavam retirando areia no mesmo lugar da morte de Barreto e a Instituição só foi realizar a inspeção naval no período da tarde.
Além da demora na entrega do documento, os familiares destacam ser menosprezados e maltratados por um agente fluvial de Caracaraí.
“No dia do acidente, alguns familiares chegaram a falar com o agente fluvial, que fez pouco caso e não atendeu a família”, diz a carta.
ACIDENTE- De acordo com a carta, a fatalidade ocorreu enquanto a balsa tirava areia do rio Branco, perto das corredeiras do Bem-Querer.
OUTRO LADO- Por meio de nota, a Marinha informou que o inquérito sobre a ocorrência encontra-se em andamento.
Sobre a balsa, a embarcação foi notificada e apreendida por estar em desacordo com o Regulamento da Lei de Segurança do Tráfego Aquaviário (RLESTA).