Polícia

Membros de facção venezuelana esquartejavam rivais

Uma das vítimas foi morta por não pagar um programa e outra por uma divida de R$10

A operação Cuchillo deflagrada nesta sexta-feira, 29, pela Polícia Civil prendeu 12 pessoas e cumpriu três mandados de busca e apreensão nos bairros Pricumã, 13 de setembro e Asa Branca. O balanço foi divulgado durante coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira.

No bairro Pricumã, que funciona como uma invasão de imigrantes foi apreendido o valor de R$6 mil e alguns autores de quatro homicídios ocorridos em Boa Vista.

Já no Asa Branca, foram efetuadas três prisões e a apreensão de uma pistola modelo Glock,  48 munições de nove milímetros, a quantia de R$ 7.800 e um veículo modelo Gol.

Em um abrigo, localizado no bairro 13 de setembro, também foram presas três pessoas e 153 trouxinhas de droga. Além de utensílios utilizados no crime e inúmeros aparelhos celulares, provavelmente provenientes de furto.

De acordo com as investigações, a motivação dos crimes teria sido acerto de contas. Uma das vítimas foi morta por não pagar um programa sexual, tendo em vista que mulheres são utilizadas pela facção para a prostituição. Outra vítima teria sido morta por uma divida de R$10 para o tráfico.

“Foram valores irrisórios e além do tráfico de drogas, alguns membros desta facção criminosa utilizam mulheres para a prostituição”, informou a delegada Luciana Kulay.

Dos 12 presos, 11 são de nacionalidade venezuelana e um brasileiro, que deu apoio logístico em um dos casos.

Ainda de acordo com a delegada, as investigações irão continuar até que mais pessoas sejam presas.

“Com essa operação a Polícia Civil esclareceu quatro homicídios e fechou quatro inquéritos”, destacou Luciana.

OPERAÇÃO- Visa combater o crime organizado, especialmente orquestrado por facção criminosa com integrantes venezuelanos, acusados de envolvimento na execução de quatro pessoas. Três dessas vítimas foram esquartejadas, segundo a corporação, que cumpre 17 mandados de prisão e três de busca e apreensão.

A ação foi determinada pela Delegacia Geral de Polícia, por meio do DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) e executada pela DGH (Delegacia Geral de Homicídios), e tem o apoio de policiais civis de várias delegacias da capital, da Operação Acolhida do Exército Brasileiro, e do Canil da Polícia Militar.

Relembre um caso- Um migrante venezuelano identificado como Luis Carlos Barrios, de 39 anos, foi encontrado esquartejado, ou seja, decapitado e com os braços e pernas cortados. O corpo foi encontrado enrolado em um lençol e dentro de um saco plástico na Rua Bento Coelho, no bairro Calungá, no dia 13 de julho. A área fica próxima ao mirante do Rio Branco.