Maria Macaggi (Nenê Macaggi) nasceu no dia 24 de abril de 1913, em Paranaguá, no Paraná. Ainda muito jovem Nenê Macaggi se mudou para o Rio de Janeiro onde começou sua carreira jornalística no “Jornal do Brasil” e no “Jornal de Notícias”, além de escrever para algumas revistas semanais, dentre elas: “A Carioca”, “O Malho”, e “A Seleta”. Seus primeiros romances foram: “Chica Banana”, e “Água Parada” – ambos escritos em 1930; e “Contos de Dor e Sangue” (1940).
No início de 1940 recebeu do Presidente Getúlio Vargas uma carta de apresentação, que deveria ser mostrada aos Interventores dos Estados (governadores indicados pelo Presidente) para facilitar-lhe o livre trânsito aonde quer chegasse. Nenê Macaggi viajou por todo o Brasil, aportando em Manaus no final daquele ano.
Encantou-se com a selva Amazônica, e tal era seu entusiasmo pela região, através de publicações e reportagens onde enaltecia a beleza da flora, fauna e riquezas minerais, além do seu contato amistoso com índios de várias etnias, defendendo-lhes seus direitos, que recebeu o título de “Rondon de saias” – uma analogia ao viajor do sertão e defensor dos índios o Marechal Cândido Mariano Rondon.
Nenê Macaggi foi nomeada Delegada Especial do Serviço de Proteção aos Índios (antigo SPI, hoje a FUNAI), e depois a matricularam como Garimpeira. E, como tal, esteve garimpando em Roraima na região do Cotingo, onde faleceu o seu marido José Soares Bezerra, vítima de febre amarela.
O casal teve apenas um filho: José Augusto Soares (casado com Vera Soares e, com ela, os filhos: José Soares Neto, Raul Macaggi Soares, e Aramis Macaggi Soares). Há, ainda, a neta Natália Luiza Campos (filha de José com Neyle Campos). No final de 1941, Nenê Macaggi foi para o Rio de Janeiro.
Em 1942 retornou à Boa Vista e fixou definitivamente sua residência (na Avenida Consolata – defronte ao SEBRAE). Aqui ocupou vários cargos públicos: revisora da Imprensa Oficial, Conselheira de Cultura, e Presidente de Honra da Academia Roraimense de Letras.
A importância de nenê Macaggi para a literatura roraimense, se intensificou quando ela começou a escrever sobre o cotidiano da vida da gente daqui. Seu romance “A Mulher do Garimpo”, escrito na década de 70, é considerado o marco inicial da produção literária em Roraima. Depois vieram: “Conto de Amor, Conto de Dor” (1970), “Exaltação ao Verde” (1980); “Dada Gemada – Doçura Amargura (1980); “A Paixão é coisa Terrível” (1990); e “Nara-Suê Uerena – O romance dos Xamatautheres do Parima”. Este romance ficou à espera de publicação por mais de 15 anos.
DIA DO LIVRO – Nesta sexta-feira, 29, foi comemorado o Dia Nacional do Livro. A data foi criada porque foi nesse dia, em 1810, que a Real Biblioteca Portuguesa foi transferida para o Brasil, fundando então a Biblioteca Nacional.
Saiba mais sobre a data
Para a primeira biblioteca do Brasil, Portugal disponibilizou um acervo bibliográfico muito rico, vindos da Real Biblioteca Portuguesa, com mais de sessenta mil objetos. O acervo era composto por medalhas, moedas, livros, manuscritos, mapas e outros artigos. As primeiras acomodações da Biblioteca foram em salas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, na cidade do Rio de Janeiro.
O primeiro livro publicado no Brasil foi Marília de Dirceu, em 1808, escrito por Tomás Antônio Gonzaga. Na época, o imperador do país fazia uma leitura prévia dos mesmos, a fim de liberar ou não o seu conteúdo, funcionando como uma espécie de censura.
E mais de um século depois, em 1925, Monteiro Lobato, escritor e editor, autor do Jeca Tatu e do Sítio do Picapau Amarelo, fundou a Companhia Editora Nacional, trazendo grandes possibilidades de crescimento editorial para o Brasil.
As informações são da Coluna Minha Rua Fala e do Portal Brasil Escola