O ex-vereador Linoberg Almeida concedeu entrevista ao programa Agenda da Semana, na Rádio Folha FM, apresentado pelo economista Getúlio Cruz, nesse domingo e falou sobre a pretensão de concorrer às eleições de 2022 e as mudanças nas fórmulas eleitorais para o próximo pleito.
Ele foi candidato a gestor do município na eleição passada. Questionado sobre a possibilidade de partidos constituírem federações para disputar as eleições em 2022, o político afirmou que não.
“Eu tenho a sensação de todos os sabem que as fórmulas eleitorais no Brasil têm o tempo da eleição. Isso é só uma mentira de que serão feitas reformas eleitorais que vão melhorar o sistema político, quando no fundo vão criar correções momentâneas que vão favorecer um novo rearranjo de poder. As federações não são as coligações, mas precisam durar os quatro anos, têm que ser negociada pelo partido nacionalmente e acolhida pelos diretórios estaduais e municipais”, explicou.
Segundo ele, falar que o ‘remédio’ federação vai servir para todos os partidos que não conseguirem atingir a cláusula de barreira é uma mentira, porque todos esses partidos têm acordos nacionais e estaduais. “Não vejo que o diálogo sobre federação atenda a todos os partidos”, reforçou.
Sobre o Rede Sustentabilidade, Almeida disse que tem participado diariamente das discussões com outras siglas, mas não ver possibilidade de integração. “Hoje a nossa maior meta é fazer o que a gente vem fazendo nas últimas eleições. Ser bem sucedido em cada pleito. O que tem feito hoje é conversar com pessoas que estão dispostas a participar do processo eleitoral e entrar na disputa que a reforma eleitoral nos entregou, além da federação”.
O ex-vereador frisou que a ausência da coligação traz para essa eleição um desafio maior, tendo em vista que a quantidade de candidatos é menor. “Imagina que o volume de candidatos de cada partido vai ter para deputado federal é nove, deputado estadual 25. Além disso, a conta do coeficiente eleitoral, com menos candidatos, aumenta a possibilidade de não ter os candidatos que faziam poucos votos e todos disputavam uma fatia do fundo eleitoral”, ponderou.
Ele afirmou que a Joênia Wapichana é pré-candidata a reeleição. Quanto a ele ser novamente indicado pelo partido, Almeida declarou que é um desejo dele e de quem o acompanha, mas tudo depende do processo da nova regra eleitoral. Sobre os nomes sinalizados para representarem o partido Rede, “temos nomes dentro do partido e em outros”.
“O grande desafio é dialogar com eles e hoje temos oito nomes para deputados federais, metade homem e metade mulher. E no caso de deputado estadual, estamos caminhando para o vigésimo nome de um universo de 25 que devem ter”, complementou, ao afirmar que não tem sido fácil para nenhum partido escolher os nomes.
Veja as novas regras eleitorais aqui