Economia

Selic avança 1.5 p.p. e fecha em 7,75% a.a.

Na ultima quarta-feira o Comitê de politica monetária (COPOM) decidiu por aumentar a taxa básica de juros do Brasil em 1.5 pontos percentuais, saindo de 6,25% ao ano para 7,75%.

Anteriormente a frequência de aumento estava seguindo um padrão de “apenas” 1.0 p.p. para tentar conter a inflação disparada que estamos vendo até hoje em forte alta, porém, os últimos dados do IPCA vieram muito acima do esperado.

Já temos acumulado no ano de 2021 um IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) que aumentou na terça-feira (26) de 10,09% para 10,34% mostrando um pouco da realidade que o brasileiro vive hoje com o aumento dos preços dos produtos básicos.

Somente no mês passado esse aumento da inflação foi de 1,2% fortalecendo o aumento que tivemos na ultima reunião para decisão do aumento da taxa de juros do Brasil. Mas a grande pergunta agora é: Vai continuar aumentando assim? E a resposta é sim, enquanto a desvalorização da nossa moeda real continuar entre os destaque mundiais de desvalorização, juros devem continuar aumentando nesse ritmo até voltarmos a ter SELIC a 10% – 14% a.a.

Tentando olhar pelo lado bom da situação, temos a volta dos produtos de renda fixa que se tornam mais atraentes em tempos de juros altos. Segue abaixo como ficam os investimentos com o atual taxa de juros:

 
(fonte: G1)

Ao analisar o rendimento após descontar a inflação e imposto de renda é perceptível que os produtos atrelados a SELIC ainda não conseguem alcançar ter um rendimento real positivo, mostrando que ainda temos um descasamento dos juros com a inflação que disparou.

Nesse caso, vale a pena olhar com carinho para produtos que rentabilizam IPCA + algum valor que geralmente trabalham em torno de 4% a 5%, como é o caso do tesouro IPCA e de algumas debentures.