Cotidiano

Caminhoneiros de RR não devem aderir à greve nacional, diz líder de grupo

Edmilson Aguiar explicou que, além do alto custo para organizar a manifestação com gastos como alimentação, água e advogados para o caso de decisões judiciais, o ato poderia prejudicar a economia

O movimento Amigos do Volante, que reúne caminhoneiros de Roraima e outros estados da região Norte, não vai aderir à greve nacional a favor de pautas como a mudança da política de preços da Petrobras, a redução do preço do óleo diesel e o piso mínimo do frete.

Quem garante é o líder do grupo, Edmilson Aguiar, que explicou que, além do alto custo para organizar a manifestação com gastos como alimentação, água e advogados para o caso de decisões judiciais, o ato poderia prejudicar a economia, a exemplo da greve de 2018, que impactou diretamente no PIB do Brasil.

Segundo a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na última semana, o preço médio do óleo diesel girou em torno de R$ 5,21, enquanto a média do diesel S10 foi de R$ 5,29.

Aguiar defende que a alta do preço do combustível “não é culpa do presidente” Jair Bolsonaro (sem partido), mas sim aos estudos de que o petróleo seria o “grande causador” do aquecimento global, e a uma política mundial de redução da oferta do produto na última década. “Com essa produção mundial, é lógico que o produto vai aumentar”, destacou.

Apesar de não endossar a greve, Edmilson Aguiar defende a atualização da tabela do frete conforme a alta dos preços de outros produtos. Membro da União Nacional dos Caminhoneiros, ele disse que o grupo também não defende a greve, por entender “que vai prejudicar principalmente o autônomo. “Quem ficou prejudicado [em 2018] foi o caminhoneiro autônomo. Nesse momento, vejo que há um baita tiro no pé fazer essa paralisação”, declarou.

Dessa vez, sindicatos dos transportadores de combustíveis estão fora do movimento. O Governo Federal, por sua vez, avalia baixa adesão à greve. Segundo o Ministério da Infraestrutura, existem 29 liminares judiciais contra o bloqueio de rodovias, refinarias e portos em 20 estados. Apesar disso, na manhã desta segunda-feira (1º), a PRF dispersou ao menos três bloqueios relacionados à paralisação nacional em rodovias federais.

Em Roraima, o último ato de caminhoneiros foi realizado em setembro. Na ocasião, eles endossavam apoio ao presidente Jair Bolsonaro.