O curso de tratorista agrícola que busca auxiliar a população indígena na produção de grãos está na sua segunda edição, com início nessa terça-feira, 23, e chegará ao fim no sábado, 27, nas comunidades Canauanim, Barro Vermelho, Campinho, Moscow, Tabalascada e Jacaminzinho, localizada no município de Cantá. Entre os dias 29 de novembro e 3 de dezembro, comunidades indígenas de Amajari também receberão o treinamento.
A SEI (Secretaria do Índio), que coordena o curso, planejou mais duas edições da qualificação no interior do Estado, após a primeira edição que ocorreu entre os dias 16 e 20 de novembro, nas comunidades Jabuti, Alto Arraia, Moscow, Cumaru, localizadas no município de Bonfim, totalizando 17 índios treinados. O Governo de Roraima firmou parceria com o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) que permitiu a realização da capacitação.
De acordo com Claudionei Simon, diretor do Dapi (Departamento de Apoio a Produção Indígena), da SEI, o curso contempla todas as comunidades e produtores que desejarem participar, em especial, aqueles agricultores dos polos de produção indígenas.
Ele ressaltou que o principal objetivo dessa capacitação é tornar os produtores indígenas qualificados para realizar todas as tarefas relacionadas à agricultura, desde o preparo do solo até a colheita.
“Então, eles estão tendo orientação com relação ao uso da máquina e dos implementos agrícolas com relação à regulagem desses implementos dessa máquina. E o mais importante é que eles também estão aprendendo realizar a manutenção, com relação à lubrificação, troca dos filtros, garantindo uma durabilidade desses equipamentos, ou seja, uma vida útil maior para que eles possam usar por muito tempo esse mesmo equipamento”, explicou.
Simon explicou ainda que o Governo vem dando suporte a esses produtores das comunidades indígenas neste primeiro momento com máquinas e implementos agrícolas, insumos, orientação e as qualificações, que são ações ligadas ao projeto de plantio de grãos em comunidades indígenas.
“O objetivo principal é tornar os produtores indígenas autossuficientes, ou seja, independentes, para que eles possam entrar nessa atividade do setor agropecuário, na agricultura, com mais solidez, perfazendo todas as atividades relacionadas a esse setor, no caso o projeto de grãos, que nós iniciamos na Secretaria do Índio”, complementou.