O aumento de casos de Covid-19 na Europa e a recém-classificação da variante sul-africana Ômicron, com oito vezes mais mutações que outras cepas listadas como de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS), tem gerado preocupação em todo o mundo.
Em Roraima, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) reforçou que vai intensificar o Plano de Extensão de Testagem da Covid-19 e que voltou a alertar os municípios, para que também alertem profissionais de Saúde e a população sobre a nova variante.
A pasta disse também ter ampliado as atividades de vigilância e testagem nas fronteiras e ainda a vigilância de rumores, que é realizada pelo CIEVS (Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde) da CGVS (Coordenadoria Geral de Vigilância em Saúde).
Além disso, com o apoio da Fundação Oswaldo Cruz, a Sesau disse intensificar a vigilância genômica, que monitora as novas variantes do Sars-Cov-2 com maior potencial de transmissão e conta com laboratórios públicos para fazer esse mapeamento.
A Pfizer, uma das empresas farmacêuticas produtoras de vacinas contra a Covid, deve levar no máximo duas semanas para divulgar o estudo sobre a nova variante e que levaria 100 dias para desenvolver e produzir um imunizante sob medida para contra a cepa, caso necessário.
O infectologista Joel Gonzaga disse que há a suspeita de que as vacinas atuais não sejam eficazes contra a Ômicron e que a imunização não é a única medida contra possíveis novas ondas e variantes do coronavírus, pois ela se une a medidas como o uso da máscara e o distanciamento social. “Se caso tiver sintomas gripais, a pessoa deve procurar o atendimento médico o mais rápido possível […] Sou a favor da vacina, desde que ela seja aplicada com critério, é um conjunto de medidas”, declarou.
No estado, segundo o Vacinometro, 71,44% da população recebeu a primeira dose contra a Covid-19, e 39,95% das pessoas completaram o esquema vacinal com a segunda ou a única. Por outro lado, 82 mil pessoas estão com a segunda dose atrasada.
“As vacinas, na minha opinião, são um mal necessário. Ela é um pedaço do vírus. Como são vacinas experimentais, elas têm que ser administradas de forma criteriosa. Paciente que teve casos moderados, graves há pouco tempo, na minha opinião, não teriam necessidade de fazer a vacinação, porque elas já têm a imunidade natural. A vacinação é aconselhada, desde que haja critérios. Vacinar por vacinar, não vejo necessidade. Vejo necessidade que a vacinação seja feita, mas com critérios”, avaliou.