A Eletrobras Distribuição Roraima concluiu o processo de instalação das três usinas termelétricas no Estado e, com isso, garante que não haverá descontinuidade no fornecimento de energia elétrica em Roraima, mesmo que venha a acontecer problemas na linha de transmissão do complexo de Guri, na Venezuela. A afirmação é do gerente do Departamento de Operação, Manutenção e Geração da empresa, Jocely Ferreira Lima. “A população pode ficar despreocupada”, disse.
Ele informou que as três usinas termelétricas instaladas recentemente já estão disponíveis e complementando o fornecimento da energia vinda da Venezuela e, em caso de blecaute de longa duração, ou seja, restrições no suprimento do sistema, as usinas serão acionadas em sua capacidade máxima e assumindo toda a carga demandada.
“As usinas já foram concluídas, já receberam as outorgas da Agência Nacional de Energia Elétrica [Aneel] e estão prontas para funcionamento em caso de necessidade de suprimento de energia”, frisou, salientando que a usina de Novo Paraíso, no Município de Caracaraí, Centro-Sul do Estado, já está funcionando com sua capacidade de 12 megawatts desde o dia 4 deste mês. A usina do Distrito Industrial, em Boa Vista, trecho sul da BR-174, também já está operando desde o dia 9 deste mês, com capacidade de geração de 20 megawatts.
Quanto à usina de Monte Cristo, no trecho norte da BR-174, zona rural de Boa Vista, é a maior do complexo e também já passou nos testes e está apta a funcionar com sua capacidade de geração de 98 megawatts, mas só entrará em operação se houver a necessidade de suplementar a energia de Guri. “As três usinas só vão entrar em operação com suas potências máximas caso ocorra algum problema de abastecimento no fornecimento da energia vinda da Venezuela”, frisou.
Ele afirmou que, caso venha acontecer um corte no fornecimento por parte da Venezuela, a Eletrobras Distribuição Roraima estará pronta para atender à demanda da Capital e dos municípios do interior atendidos pela empresa no Estado. “A energia produzidas pelas usinas já estão sendo comercializadas, porém não estão assumindo toda a demanda do Estado, mas complementando com o que vem da Venezuela e fornecendo uma energia de qualidade”, disse.
PROBLEMAS – Jocely Ferreira Lima ressaltou que nem todos os problemas de distribuição na rede estão relacionados às termelétricas. Disse que as interrupções de fornecimento pontuais em locais específicos da cidade são decorrentes de outros fatores, como acidentes de trânsito, descargas atmosféricas, árvores na rede, manobras e outros, onde a empresa atua imediatamente para restabelecer o fornecimento, como o ocorrido em alguns bairros no início da semana.
“A nossa rede elétrica é exposta e está sujeita a abalroamento num poste, queda de árvores na rede, descargas atmosféricas e outros. Não se pode associar estes problemas pontuais à geração da energia nas termelétricas. Hoje já melhoramos bastante os afundamentos e oscilações de energia na rede, e a tendência é melhorar mais ainda”, frisou. (R.R)
Parque termelétrico gera 130 megawatts de energia
O gerente do Departamento de Operação, Manutenção e Geração da Eletrobras Distribuição Roraima, Jocely Ferreira Lima, informou que, ao ser concluído o trabalho de operacionalização das três usinas, o parque térmico vai gerar 130 megawatts de energia a mais para a melhoria na qualidade do fornecimento energético no Estado, em especial na Capital.
A usina do Distrito Industrial está gerando 20 megawatts e a de Novo Paraíso 12 megas. Já a usina de Monte Cristo é a maior de todas, com capacidade de 98 megas, e que vai trabalhar como uma reserva técnica para absolver e minimizar os problemas de oscilações e quedas de energia na Capital.
“A usina de Monte Cristo vai trabalhar com uma reserva de energia, para quando ocorrerem possíveis curtos-circuitos na rede elétrica, se consiga absolver isso e minimizar os problemas de afundamentos de tensão, oscilações e quedas de energia, fortalecendo o abastecimento de energia na Capital”, frisou.
TESTES – Jocely Lima informou que antes de receber as usinas foram feitos vários testes, além de checagem dos equipamentos constantes no contrato, como geradores, transformadores, máquinas, sistemas de proteção, combate a incêndio e sistema de abastecimento de combustíveis. “Toda parte estrutural da usina foi entregue dentro do prazo e com todos os itens de contrato”, frisou.
O diretor disse que esse teste operacional consistiu em ligar as máquinas durante duas horas na potência máxima. “As máquinas mantiveram a potência máxima durante os testes e isso credencia a colocar a usina para operar em potência máxima quando necessário”. (R.R)