Cotidiano

Peças indígenas são apresentadas em exposição

A feira terá um total de 1.000 stands, com previsão de visitação em torno de 140 mil pessoas.

Intitulada “Rotas do Brasil”, a 32ª edição da Feira Nacional de Artesanato, em Belo Horizonte (MG), que será realizada no período de 7 a 12 de dezembro, na Expo Minas, contará com a participação de artesãos de Roraima. A feira terá um total de 1.000 stands, com previsão de visitação em torno de 140 mil pessoas.

A comitiva formada por 16 pessoas, entre artesãos e equipe de coordenação, está se deslocando por meio da Secretaria do Trabalho e Bem-estar Social (Setrabes), em parceria com a Secretaria do Índio (Sei), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Sinearter Sindicato dos Artesãos de Roraima(Sinearter), além do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Segundo a diretora do Departamento de Política de Emprego, Trabalho e Renda, Isadora Braga, a participação da comitiva de Roraima, representa uma oportunidade de negócios e divulgação dos produtos com a chancela do artesanato roraimense.

“As ações de fomento ao artesanato são prioritárias e graças aos apoios está sendo possível participarmos de mais este evento de divulgação e negócios de nossas potencialidades do artesanato, produzido em nossa região. Esperamos o mesmo resultado positivo de nossa ida a Brasília, onde todos os produtos foram comercializados”, disse.

Na avaliação da secretária Tânia Soares, a feira é uma grande vitrine para o artesanato brasileiro e tem o papel de conectar o artesão com lojistas do mundo inteiro.

“O resultado dessa vitrine reflete tanto na comercialização da produção dos expositores roraimenses, além de divulgar e fomentar a economia durante todo o ano com a possibilidade de alavancar a produção do artesanato local e tornar visível o trabalho que é produzido nos municípios de Roraima”, destaca Tânia.


A comitiva é formada por 16 pessoas, entre artesãos e equipe de coordenação. (Foto: Divulgação) 

FORMATO VIRTUAL

O evento, além de presencial acontece também no modo virtual, com uma plataforma que realiza a gravação 360º de todos os stands e, internautas de qualquer parte do Brasil e do mundo, podem fazer um tour pelo evento (a exemplo de visita a museus), contatando diretamente os artesãos, podendo assim fazer seus pedidos.

A plataforma fica no ar até novembro de 2022, ou seja, transformando a Feira Nacional num evento 365 dias, sendo também traduzida para o inglês, de forma a prospectar negócios internacionais para o artesão brasileiro.

ARTESANATOS CONTEMPLAM NOVE ETNIAS DE RORAIMA

Na exposição, também estará presente a arte indígena traduzida pelas etnias Macuxi, Wai Wai, Taurepang, Ingaricó, Yanomami, Ye’Kuana, Wapichana, Patamona, Waimiri-Atroari, de Roraima.

Em Roraima, atualmente existe uma exposição dos produtos na Vitrine Emanon no Centro de Produção e Comercialização do Artesanato Indígena Ko’Go Damiana-KAIK, que fica na Secretaria do Índio, além de eventos culturais realizados pelo Governo em parceria com outras instituições que oportunizam a divulgação da cultura dos povos.

Segundo Síria Mota, diretora do Centro de Artesanato, o fortalecimento da arte indígena é uma forma de manter viva as tradições culturais das diversas etnias locais, que produzem artesanatos compostos por diversos elementos carregados de  simbologias antigas e sabedorias sagradas recebidas dos antepassados.

Para o secretário do Índio, Marcelo Pereira, esse evento é de grande importância por ter uma visibilidade nacional e internacional para artesanatos, condimentos e plantas medicinais.

“Os indígenas somam mais de 25% da população. Então além de contemplar diretamente mais de 12 mil famílias, esse apoio ajuda na economia do Estado e traz oportunidade para essas comunidades, gerando emprego e renda”, destacou.


Na exposição, também estará presente a arte indígena traduzida pelas etnias Macuxi, Wai Wai, Taurepang, Ingaricó, Yanomami, Ye’Kuana, Wapichana, Patamona, Waimiri-Atroari, de Roraima. (Foto: Divulgação)