Desde 2018, cerca de 60 mil pessoas refugiadas foram transferidas para mais de 730 municípios brasileiros, em todos os estados e no Distrito Federal.
Segundo a pesquisa, as pessoas que aderiram à estratégia de se mudar para outras cidades, conseguiram mais oportunidades de emprego e renda do que aquelas que permaneceram em abrigos mantidos pela Operação Acolhida em Roraima.
90% destas pessoas conseguiram alugar uma casa para morar depois de interiorizadas. Mas segundo a pesquisa, existem algumas diferenças sociais percebidas nos dois grupos de refugiados e migrantes. As mulheres e as crianças apresentam maiores vulnerabilidades, sobretudo as mulheres negras.
A agência ONU Mulheres participou da pesquisa e colheu esses dados. É o que mostra Flávia Muniz, especialista em Empoderamento Econômico de Refugiadas e Migrantes.
Outro dado que chama atenção é a taxa de crianças em creches e escolas. A cada 10 mulheres com filhos, apenas sete conseguem fazer a matrícula deles.
Quando falamos em mercado de trabalho, a taxa de desocupação entre os interiorizados é de 17,8%, já entre os abrigados chega há 30,7%.
As entrevistas foram realizadas entre junho e setembro deste ano, pela ONU Mulheres, pelo Fundo de População das Nações Unidas e pela ACNUR, Agência da ONU para Refugiados.
Fonte: Agência Brasil