Saúde e Bem-estar

Profissionais discutem políticas de saúde para negros e público LGBTQIA+

Participaram do encontro profissional de saúde no estado

O primeiro Encontro Estadual para Debate da Política Nacional de Saúde da Pessoa Negra e da Pessoa LGBTQIA+ ocorreu nesta terça-feira, 14. O objetivo é reconhecer as principais necessidades de saúde desses públicos para desenvolvimento e aprimoramento de políticas que atendam as demandas destas pessoas de forma mais efetiva.

A discussão tem como base as atribuições contidas na Política Nacional de Saúde da Pessoa Negra, consolidada em 2007, e Política Nacional de Saúde Integral a público LGBTQIA+, consolidada em 2013, pelo Ministério da Saúde.

Participaram do encontro profissionais de saúde do HGR (Hospital Geral de Roraima) e das Coodenadorias Gerais de Atenção Básica, de Urgência e Emergência, de Vigilância em Saúde, Departamento de Gestão de Educação da Saúde, órgãos de controle como Ministério Público de Roraima e Conselho Estadual de Saúde e demais instituições ativas na causa dos dois públicos.

O governador Antônio Denarium afirma que é preciso buscar soluções para as principais complicações no estado. “É preciso pensar na saúde de forma mais abrangente, onde os serviços atendam plenamente as necessidades de todos os grupos sociais”, disse.

A gerente do Núcleo de Ações Programáticas da Saúde da Pessoa Negra, Silvana Amorim, destaca que, logo de início, é preciso analisar as condições, ou determinantes sociais, que afetam de forma constante a qualidade de vida destas pessoas.

“A maior parte da população brasileira é composta por negros e pardos, tendo constantemente em seu quadro de saúde, como principais doenças e condições, a hipertensão, diabetes, sífilis, HIV, anemias falciformes, além das violências em saúde. O público LGBTQIA+ ainda se constitui de pessoas fragilizadas por causa da violência física, doméstica, sexual. Sendo assim o Núcleo reuniu figuras importantes que, com o devido apoio e planejamento, podem mudar este cenário, para tratar de forma efetiva sobre essas determinantes e trazer propostas para a melhoria da oferta dos serviços de saúde”, disse.
 
De acordo com o secretário de Saúde, Leocádio Vasconcelos, as alternativas chegam a se sobrepor às discussões de caráter geral, devido à extensão do público alvo.

“A saúde, por si só, é um tema que necessita de educação continuada para aprimorar os serviços e a qualidade do atendimento, então quando você setoriza a discussão de melhoria para públicos específicos como negros e pessoas LGBT, contribui-se para o bom andamento da saúde como um todo, porque é um público praticamente que é compreende uma grande parte dos usuários do Sistema Único e é por isso que eu considero essencial que todos os segmentos da saúde se inteirem nessa discussão”, reforçou.