Política

Deputado pede pressa na implantação da Feira Indígena

Gabriel Picanço propôs, em emenda parlamentar, a criação de uma Feira Indígena para abrigar agricultores da região de Pacaraima

Dar oportunidade para que os indígenas possam vender sua produção em uma feira própria é o objetivo de uma emenda parlamentar do deputado estadual Gabriel Picanço (PRB). Durante sua participação no programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo radialista Getúlio Cruz, na manhã deste domingo, 12, o parlamentar pediu pressa no desenvolvimento do projeto que deve estruturar a Feira Indígena, que abrigará agricultores das comunidades Sorocaima I e II, Guariba e Bananal, no município de Pacaraima, na margem da BR-174 sentido Norte.

“Acredito que esse é um projeto sério e que deve ser tratado com a maior agilidade e eficiência possível. Falta terminarmos o projeto e licitarmos a obra, mas tenho plena convicção de que até em dezembro essa feira já deve estar funcionando”, afirmou.

De acordo com Gabriel Picanço, serão investidos R$ 500 mil para a instalação da Feira Indígena. A feira será edificada em local estratégico com grande fluxo de trânsito às margens da BR-174. “Ali todos os tipos de turistas passam com muita frequência, procurando referências e lembranças da região. Nada melhor do que uma feira de produtos agrícolas e artesanais produzidos nas comunidades indígenas da região para prestar esse serviço. Vejo que seguramente esta feira pode atender essa demanda e ainda fornecer retorno para os indígenas”, afirmou.

Ele explicou ainda que será dada prioridade aos costumes e tradições indígenas durante a elaboração do projeto arquitetônico da feira. “No local onde a feira será construída já existe uma estrutura, embora precária, onde os índios de Sorocaima I e das comunidades vizinhas comercializam os produtos agrícolas cultivados por eles, além de derivados, como a farinha e goma. Mas nós vamos melhorar isso e fazer um projeto arquitetônico com referência à cultura deles e que seja eficiente na sua aplicação”, disse.  

O deputado destacou ainda que o projeto contempla a formação e qualificação dos indígenas para poder comercializar os produtos na feira. “Queremos que essa feira realmente sirva de apoio financeiro para eles. Por isso, além da estrutura, eles receberão qualificação para trabalhar no local”, reforçou. (J.L)

Secretaria do Índio tem como objetivo implantar 500 hectares de mandioca

O secretário estadual do Índio, Ozélio Macuxi, participou, na manhã deste domingo, do programa Agenda da Semana, da Rádio Folha AM 1020, apresentado pelo Radialista Getúlio Cruz, e afirmou que o principal objetivo da sua gestão à frente da pasta é implantar 500 hectares de plantio mecanizado da mandioca em terras indígenas.

De acordo com ele, a Secretaria de Estado do Índio (SEI) adquiriu, com recursos no valor de R$ 1,3 milhão, provenientes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), a implantação de três polos de desenvolvimento da mandiocultura no Estado. “Com esses recursos, nós já adquirimos três tratores e vamos comprar mais três plantadeiras de mandioca, três plantadeiras de grão, um caminhão, uma caminhonete e uma beneficiadora de farinha, que será implantada na região do Surumu”, disse, revelando que os polos serão instalados na Fazenda Providência e nas comunidades indígenas de São Jorge e Saracura, no sul do Estado. “Nosso objetivo é trabalhar nos próximos três anos para atingirmos os 500 mil hectares”, reforçou.

Ozélio Macuxi destacou que a SEI está trabalhando em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e várias cooperativas indígenas para qualificar a produção da mandioca. Ele contou ainda que a SEI já iniciou os trabalhos de plantio, fazendo uma experiência bem-sucedida na comunidade Vista Alegre, na Zona Rural de Boa Vista, onde foi realizado o plantio mecanizado de mandioca em uma área de pouco mais de um hectare. “Fizemos tudo bem direitinho lá. Estamos empolgados”, frisou.

Além do plantio, o secretário informou que as comunidades que irão receber os polos também participaram de treinamentos sobre cooperativismo.  “Também solicitamos auxílio da Embrapa para a realização de um curso prático sobre o manejo da mandioca”, afirmou.  

Para o secretário, a iniciativa vai proporcionar uma independência financeira para as comunidades indígenas. “Todo mundo quer ter controle sobre sua renda, a partir do momento que as comunidades puderem trabalhar e lucrar com isso, isso será uma vitória para nós”, disse. (J.L)