A pouco menos de um mês para a chegada do Dia dos Pais, lembrado que será em 9 de agosto, as expectativas de vendas no comércio varejista para este ano não são nada animadoras. Por conta do desabastecimento de produtos devido à greve da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Roraima (CDL-RR) prevê queda nas vendas para a data.
Segundo o presidente da CDL, Edson Freitas, todo o setor está em situação desesperadora com a falta de mercadorias. “Estamos desesperados, até porque as mercadorias não estão chegando e muitos fornecedores deixaram de faturar por conta dessa greve”, disse.
Conforme Freitas, apesar da esperança nas vendas mesmo com a pouca oferta, a realidade não permite boas expectativas de vendas. “As perspectivas não são boas para o Dia dos Pais. Estamos tendo uma queda nas vendas devido ao desabastecimento. O que a gente quer é que tenha bastante vendas, porém isso está causando um transtorno muito grande para todos os setores”, afirmou.
Para tentar amenizar a crise no setor, a Câmara dos Dirigentes Lojistas, em conjunto com a Associação dos Distribuidores Atacadistas de Roraima (Adarr), impetrou, na semana passada, um mandado de segurança na Justiça Federal para tentar a liberação das mercadorias que estão paradas na Suframa. “Entramos com mandado de segurança coletivo para que os produtos sejam liberados, porém a justiça entendeu que isso tinha que ser resolvido no Amazonas e, por isso, ainda não conseguimos decisão favorável”, explicou Freitas.(L.G.C)
Lojistas mantêm otimismo para o período
Mesmo com o iminente prejuízo em muitos setores por conta do desabastecimento de produtos, muitos lojistas do centro comercial da Capital já se preparam para o Dia dos Pais. As lojas esperam superar as vendas para o período. “A gente sabe que toda essa situação afeta, mas as expectativas são as melhores possíveis. Esperamos crescimento nas vendas e que não faltem produtos”, ressaltou o gerente de uma loja especializada em artigos masculinos, Jumar Alexandre.
Já o gerente de uma loja de artigos eletrônicos, Ismael Oliveira, citou que a falta de produtos, como celulares, tablets e notebooks, deve prejudicar as vendas no empreendimento. “A gente tem expectativa boa, mas estamos com muita mercadoria parada, e essa falta de produto atrapalha bastante”, disse.
Mesmo assim, ele mantém otimismo para a data. “É como todo ano. A gente sempre tem que esperar o melhor. Esperamos que as vendas aqueçam e que não sejamos tão prejudicados”, frisou. (L.G.C)