Instalados há pouco mais de seis meses pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Roraima (Dnit) em vários trechos da BR-174, os radares eletrônicos e redutores de velocidades ajudaram na diminuição do número de acidentes com mortes na rodovia, considerada a mais perigosa de Roraima.
Segundo o superintendente do órgão, Pedro Christ, apenas pequenos acidentes, sem mortes, foram registrados nos locais próximos aos equipamentos. “Depois da instalação desses equipamentos na BR-174, não ocorreu mais nenhum acidente com vítima fatal”, destacou.
Ele considerou os números satisfatórios e citou que o principal objetivo da implantação dos “pardais”, como são popularmente conhecidos, foi alcançado. “Desde a implantação desses radares até agora, tínhamos como objetivo diminuir os acidentes de trânsito nos trechos, inclusive com zero de vítimas fatais”, ressaltou.
De acordo com um balanço do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), a estrada que mais registrou mortes em 2014 no Estado foi justamente a BR-174. Os acidentes na rodovia, que interliga Roraima ao estado do Amazonas, no trecho sul, e a Venezuela, no trecho norte, foram responsáveis pela morte de 29 pessoas, sendo uma na avenida Venezuela, localizada no trecho urbano da Capital.
Ao todo, o DNIT realizou a instalação de nove barreiras eletrônicas e redutores de velocidade, que estão instalados nos mais de 900 quilômetros correspondentes ao trecho da BR-174 em território roraimense. Um equipamento está instalado próximo à faixa de pedestres no bairro São Bento, na saída para Manaus (AM), outro próximo ao viaduto do Contorno Oeste e mais um próximo ao Distrito Industrial.
No trecho sul da rodovia, há radar no Km 211,6, no Município de Rorainópolis; no Km 368,4, no Município de Caracaraí; e no Km 448, no Município de Mucajaí. No trecho norte, há radar no Km 606,3, na comunidade de Três Corações, no Município de Amajari; e no Km 705, na comunidade de Sorocaima, em Pacaraima, fronteira com a Venezuela.
Conforme Christ, os equipamentos foram implantados em áreas estratégicas, consideradas mais perigosas devido ao alto número de acidentes, como as urbanas. “Próximos a esses lugares, nunca mais houve acidente com vítima fatal”, afirmou.
Apesar disso, o superintendente contou que as violações por excesso de velocidade, em certos trechos, têm ocorrido frequentemente. “Nos locais que não são devidamente controlados pelos equipamentos, as pessoas acabam excedendo a velocidade, o que tem contribuído com os acidentes e prejuízos materiais”, disse. (L.G.C)
Cerca de 150 condutores são multados por mês na BR-174
A diminuição do número de acidentes com mortes na BR-174 contrastou com a quantidade elevada de multas por excesso de velocidade na rodovia. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF), cerca de cinco condutores procuram, diariamente, os órgãos para solicitar informações de como recorrer das infrações cometidas.
No mês, são registradas, em média, 150 multas. “Há muitos casos em que o proprietário do veículo notificado não era o condutor no momento da autuação e por isso procura recorrer”, informou o superintendente do órgão, Pedro Christ.
Conforme o superintendente, as autuações são encaminhadas pelo Dnit até os Correios, que as envia, por meio de cartas, para a residência do infrator. O condutor tem o direito de recorrer e todo o processo é informatizado pelo site do órgão.
PENALIDADE – Independentemente do tipo de via no qual circula o veículo, a gravidade da infração é média (até 20% de excesso), grave (entre 20% e 50%) ou gravíssima (mais de 50%). Quando a infração for considerada média, a penalidade aplicável é multa no valor de R$ 85,13 e perda de quatro pontos na carteira.
Quando for grave, o valor da multa aumenta para R$ 127,69 e o condutor perde cinco pontos na carteira. Se o condutor for flagrado transitando em velocidade acima da máxima permitida em mais de 50%, a infração é gravíssima e, além da perda de sete pontos, é aplicada uma multa no valor de R$ 574,61. (L.G.C)