Sete homens foram denunciados a Justiça pela morte do venezuelano Oseas Josué Castillo Natera, de 19 anos, ocorrido em dezembro do ano passado, em uma barraca do Posto de Recepção e Apoio (PRA) da Operação Acolhida do Exército Brasileiro, localizado atrás da Rodoviária Internacional de Boa Vista.
Na ocasião, os autores, todos de origem venezuelana, atraíram a vítima até a barraca HS-7 onde asfixiaram e estrangularam Oseas com uma corda.
De acordo com a denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri, após o homicídio a maioria dos denunciados fugiu do local. As investigações apontaram que os envolvidos agem em nome da facção criminosa transnacional de origem venezuelana e que teriam matado Oseas por vingança.
O Promotor de Justiça, Diego Oquendo, destaca que os denunciados provavelmente tinham a intenção de simular um suicídio, uma vez que depois de estrangular a vítima penduraram a corda nas estruturas da barraca.
“A vítima estava em clara desvantagem numérica em relação aos denunciados, fato esse que dificultou ou até mesmo lhe impossibilitou o oferecimento de qualquer reação efetiva de defesa ou resistência”, ressaltou o Promotor de Justiça.
Os envolvidos foram denunciados por homicídio qualificado e organização criminosa. Caso sejam condenados, as penas podem chegar a 40 anos de reclusão.