Segundo boletim do Ministério da Saúde (MS) divulgado na quinta-feira (20), o Brasil bateu recorde no número de novos casos de Covid-19 no país. Foram registradas 204.854 novas infeccções em 24 horas.
Essa nova onda de contaminação tem como motivo a variante ômicron, que é altamente transmissível, mas tem indicado ser menos agressiva. Essas novas características tem levado a mudanças nos protocolos de isolamento e atendimento de pessoas contaminadas.
A primeira orientação, que não mudou, é para que a pessoa se isole, se estiver com sintomas leves e moderados e não precise de internação. Durante o isolamento, tratamento com analgésicos e antitérmicos. Mas houve uma alteração recente nos prazos para esse período de isolamento, por decisão do Ministério da Saúde. Agora, esse prazo é de cinco a sete dias.
A pessoa pode abandonar o isolamento se apresentar resultado negativo no teste no quinto dia e estiver a pelo menos 24 horas sem apresentar sintomas respiratórios e febre, mesmo sem tomar antitérmicos. O mesmo ocorre, com as mesmas condições, se a pessoa apresentar resultado negativo no sétimo dia de isolamento. Passados estes prazos, nestas condições, a pessoa não poderia mais transmitir o vírus.
Mas o que fazer durante o isolamento? O especialista Wladimir Queiroz, infectologista e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), afirma que o ideal é que essa pessoa com a contaminação confirmada mantenha o maior distanciamento possível das outras pessoas da família e, de preferência, sem transitar muito pela casa.
O ambiente da casa deve estar bem ventilado, se possível sempre com as janelas abertas. O infectologista afirma ainda que, se possível, a pessoa não use o mesmo banheiro que os outros moradores da casa e que ela mesma faça a limpeza desse banheiro que ela usa, quando necessário.
Queiroz admite que muitas famílias não tem condição de seguir fielmente essas recomendações. Por isso, nestes casos ele indica que a pessoa contaminada e as demais pessoas que moram no local devem usar máscaras durante todo o período em que estiverem em contato.
A máscara, aliás, é um instrumento muito importante nestes cuidados. Wladimir Queiroz oriente que, se possível, se use o tipo de máscara que oferece maior proteção. “Preferencialmente, a máscara deve ser uma PFF2 ou N95. Se não for possível se isolar não há nada a se fazer, além de usar uma boa máscara, cuidados de distanciamento e higiene das mãos”, conclui o médico.
Em relação aos animais domésticos, o infectologista tranquiliza os tutores. Como não existem evidências científicas de que os animais transmitem o SARS-CoV-2, que é o vírus causador da Covid, Queiroz afirma que eles “estão fora dessa situação, desse isolamento”. O contato com os bichos pode ser até uma forma de aliviar a tensão do isolamento.
Se a pessoa contaminada precisar sair de casa por um motivo muito importante, o médico recomenda que tente ao máximo se manter distante de outras pessoas, preferencialmente uma distância maior que um metro e meio. Além disso, Queiroz reforça a importância do uso de máscara e da higienização das mãos.