Filme produzido em Roraima conquista 3 prêmios no Festival Olhar do Norte

O curta-metragem Rabiola, dirigido e produzido pelo cineasta roraimense Thiago Briglia, foi eleito o Melhor Filme pelo público do Festival Olhar do Norte. A 4ª edição do evento foi realizada entre os dias 21 e 24 de janeiro no Teatro Amazonas, em Manaus. 

A obra recebeu do júri oficial o prêmio de Melhor Roteiro, feito que o diretor partilha com o também roteirista Elder Torres, e o prêmio de Melhor Atuação para a atriz Ixemar Camacho, pela personagem Isabel. 

O Festival Olhar do Norte é um dos principais eventos culturais da região por contemplar a diversidade do cinema produzido em todos os cantos da Amazônia.

“Eles têm uma curadoria muito conectada com tudo o que está acontecendo de mais interessante e autêntico na produção audiovisual nortista. Exibir o nosso filme na telona para a plateia presente no Teatro Amazonas nos empolgou muito, ganhar 3 prêmios nos deixou eufóricos”, citou o diretor. 

Ele ressaltou que o curta aborda questões importantes da realidade atual e estes prêmios irão dar mais visibilidade para a história e também para o cinema do extremo Norte.

O jornalista e crítico de cinema, Caio Pimenta, destacou os méritos do curta em uma crítica sobre o filme. “Através da universalidade de seus temas e, ao mesmo tempo, falar de males tão enraizados da nossa história, ‘Rabiola’ cativa de forma hábil, inteligente e sensível o público. Um pequeno tesouro roraimense”.  

A atriz venezuelana Ixemar Camacho, vencedora na categoria Melhor Atuação, também destaca os sentimentos pelo filme. “Minha atuação no curta Rabiola, além de ser uma janela para mostrar o meu profissionalismo como atriz, representa para mim ser embaixadora das lutas dos vulnerados, dos imigrantes e da valia das lutas dos venezuelanos no mundo”, disse. 

Filme

‘Rabiola’ conta a história de Bernardo (Caíque Cordeiro), um garoto brasileiro, Jeferson (Abrahan Melendez) e Joisiris (Bianca Gonzalo), duas crianças venezuelanas, que travam uma batalha no céu para ver quem derruba o papagaio de quem. Quando isso acontece, uma nova disputa começa. 

O cinema roraimense também esteve representado na Seleção Oficial pelo curta-metragem Nome Sujo, dirigido por Artur Roraimana, que despertou interesse do público e da crítica.

O curta-metragem Nome Sujo se trata de uma crônica do que é crescer e chegar ao mercado de trabalho e ter de encarar um país de portas fechadas para estes jovens adultos e seus sonhos.

“A experiência de participar do festival foi muito gratificante. Além de poder assistir nossos filmes no Teatro Amazonas, que por si só já é uma experiência incrível e desejada por muitos, tivemos também a oportunidade de participar de debates e oficinas na nossa área”, completou Artur.