Cotidiano

Roraima plantou 80 mil hectares de soja em 2021, conforme dados da Seapa

Por outro lado, a soja colhida foi o produto mais exportado no ano passado. Para a produção de grãos como soja, arroz, milho e feijão, Seapa espera para 2022 crescimento de 106 mil hectares para 200 mil hectares

Roraima cultivou, em 2021, cerca de 80 mil hectares de soja, informou a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Com relação ao comércio da produção total de grãos em Roraima em 2021, foram 71,4 milhões de dólares equivalentes à venda de 141 mil toneladas dos produtos, maior valor já comercializado com o mercado externo.

Só para a Rússia, foram 32,8 milhões de dólares, seguida por Turquia (28,7 milhões) e a Espanha (8,6 milhões). Segundo o secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Aluízio Nascimento, Roraima terá o primeiro selo de indicação geográfica de soja no mundo.

“A indicação geográfica é onde vai provar que a nossa soja tem mais óleo e mais proteína, em função que nós temos mais luminosidade, e consequentemente, gera-se mais fotossíntese e logo, gera-se mais óleo e mais proteína”, citou.

Os números indicam crescimento na agricultura de Roraima, que segundo Nascimento, se explica pelas iniciativas para atrair investidores. “Tivemos segurança jurídica, títulos de terra, parte ambiental e com isso atraímos investidores para o estado. Quem tem terra no nome, pode ir ao banco e conseguir investimento. Dinheiro gera crescimento”, afirmou.

Na produção estadual de grãos, o encerramento da safra de 2021 trouxe boas notícias para culturas como soja, arroz, milho e feijão (safrinha). Para a produção desses grãos, a Seapa espera para 2022 crescimento de 106 mil hectares para 200 mil hectares.


Secretário estadual de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Aluízio Nascimento  (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

O secretário chamou a atenção para outro ponto na Agricultura: a tecnologia, que ainda tem pouca mão de obra no setor primário. “Hoje em dia, as máquinas demandam mais tecnologia. Então, a mão de obra tem que ser qualificada, então há poucas pessoas capacitadas para o manusear os equipamentos. Vamos investir em pessoas para capacitá-las”, declarou.

Por fim, o secretário considera que a expansão na infraestrutura do corredor rodoviário que liga Boa Vista a Georgetown, capital da Guiana, será positiva para a economia do Estado. “Nosso corredor não vai ser para baixo vai ser para cima. Somos o país que tem uma ótima relação com eles, por lá vamos conseguir melhor internet e vender nossos produtos”, concluiu.