O Dia Mundial do Mágico, comemorado hoje (31), presta homenagem aos mestres da arte de criar ilusões para pessoas de todas as idades. A data foi escolhida por marcar a morte do santo católico italiano São João Bosco, em 1888 que, segundo a história, também era mágico, e foi escolhido como padroeiro desses profissionais.
Nos últimos dois anos, devido a pandemia de covid-19, as associações de mágicos e ilusionistas têm se ressentido das apresentações e reuniões presenciais entre seus membros. O presidente do CBI, Henri Sardou, afirmou que a expectativa é retornar às atividades presenciais ao longo deste ano.
“A gente está em busca de uma sede para colocar esses livros à disposição, tanto dos mágicos quanto dos leigos que querem aprender mágica. A pandemia foi muito ruim para os mágicos, tanto na parte comercial, porque os shows praticamente zeraram, quanto na das associações de mágicos, que perderam a periodicidade de encontros”.
O presidente da Academia Mineira de Ilusionismo (AMI), Hildon Dias, reforçou que a pandemia afetou fortemente a categoria porque, apesar de os mágicos serem peças fundamentais em uma festa ou espetáculo, são considerados supérfluos. “E quando se está com o orçamento apertado, a primeira coisa que se dispensa é o entretenimento mágico”.
Alexandre Yoshida é presidente do Núcleo de Amigos Mágicos do Ceará (Nuamac) e diz que a profissão de mágico evoluiu muito no Brasil, principalmente com a chegada da internet, que facilitou a questão de contatos e de comunicação entre os mágicos brasileiros e estrangeiros. Yoshida afirmou que, no Brasil, os mágicos não são muito unidos, ao contrário do que acontece na Argentina ou na Espanha, por exemplo. “Esse individualismo impede que as coisas avancem com mais rapidez e força”, observou. Ele atribui isso também ao fator cultural.
Crianças
Para Rodrigo Lima, ser mágico para uma plateia de crianças” é incrível, porque a energia delas, na maioria das vezes, retroalimenta. É tão bacana a energia das crianças e seus sorrisos, que a gente sai contagiado”. Formado como analista de sistemas, Lima manteve, no início, os dois nichos de mercado. Aos 30 anos de idade, porém, descobriu que o que ele fazia por amor era a mágica.
Quem quer ser mágico deve gostar de interagir com o público e não ter vergonha de falar para as pessoas, deixar a timidez e assumir a personalidade do mágico. Lima citou três pilares necessários a um bom mágico: exercitar muito bem o truque, exaustivamente; só fazer o truque uma vez, porque a mágica é a surpresa; e guardar segredo. Para viver de mágica, o profissional deve beber de outras fontes, como estudar um pouco de marketing, ter bom relacionamento com as redes sociais, porque é onde cativa os clientes. “É nessa conexão que você vai trazer a família, as crianças e pais para contratar sua apresentação”.
Fonte: Agência Brasil