Nesta quinta-feira (3), familiares de detentos realizaram um protesto no Centro Cívico de Boa Vista, para cobrar melhorias nas condições do sistema carcerário de Roraima. A mobilização é nacional e visa alertar sobre o não envio de mantimentos ao presos como: medicações, roupas e alimentos. Segundo eles, o material é levado pela família, mas é recolhido durante revistas.
O ato está acontecendo em todo o Brasil. Os manifestantes alegam que as condições precárias do sistema prisional “são desumanas e que a maioria dos mantimentos enviados pelas famílias dos presidiários é confiscada e jogada no lixo”.
De acordo com uma familiar, é solicitada uma relação de material de higiene para os reeducandos e estes são comprados com o dinheiro da própria família. Eles são enviados aos presidiários, porém são desperdiçados ou não são suficientes para uso diário. Diante desta situação, “os detentos vivem em condições precárias e sem o direito de manifestar por estarem privados de liberdade”, citou a mulher, que preferiu não se identificar.
Uma das mulheres presentes na manifestação tem a mãe e o esposo presos. “Aqui fora, sou sozinha. Só eu mando esses kits para minha mãe e meu esposo. Nós [familiares dos detentos] mandamos os kits e em uma semana eles já são revistados dentro das celas, e retiram deles os produtos. Esses materiais custam caro, não tenho como comprar toda semana para enviar para eles”, disse.
Caer diz que blecaute prejudicou a produção de 20 milhões de litros de água potável
A empresa informou que a produção diária para abastecer Boa Vista é de 146.880.000 de litros, por meio dos sistema de captação superficial das águas do Rio Branco, no bairro São Pedro, e a captação subterrânea realizada nos 96 poços tubulares
Segundo dia de Congresso MPC-RR terá oficinas e palestra de Roberto Cabrini
A programação do evento ocorre até esta sexta-feira, 22, com palestras do jornalista Roberto Cabrini e do líder indígena Davi Kopenawa
Alimentação
Outra manifestante, a qual o esposo foi preso há oito meses, relata sobre a alimentação dentro dos presídios. “Eles têm apenas duas refeições por dia e muitas das vezes os alimentos chegam até eles já estragados”, declarou.
A esposa e o detento têm um filho de 4 anos, que também estava na manifestação. “Meu esposo fez algo errado e está pagando por isso, mas não merece ser tratado desse jeito. Só queremos isso, que eles [presos] sejam tratados com dignidade, pois eles já estão pagando pelos seus crimes”, destacou a mulher.
A maior parte dos presentes no ato são mulheres, mães e esposas de presidiários. A manifestação está prevista para acontecer até as 16h de hoje.
