Os trabalhadores em educação se reuniram na manhã deste sábado na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter). Os sindicalizados presentes analisaram os 11% de reposição salarial concedido pelo governo. Centenas de trabalhadores votaram pela formação de uma comissão que deve se reunir com o governador para solicitar um percentual maior.
Categoria afirma que a Educação tem recursos próprios para conceder uma reposição complementar. “Os educadores merecem muito mais que 11%. Nossa perda salarial é de 36% e queremos a correção dos nossos salários”, disse uma professora durante a assembleia.
A direção-geral do Sinter enviou um ofício solicitando a audiência com o chefe do executivo. Os sindicalistas participaram da reunião em que o governador anunciou a recomposição no dia 2 de fevereiro.
“Hoje [5 de fevereiro] decidimos montar essa comissão com a base de professores da Capital, indígenas e técnicos junto com a diretoria. Vamos nos reunir essa semana para elaborarmos os próximos passos para a reunião com o governador”, explicou Josefa Matos, diretora-geral do Sinter.
Paralisação
Os trabalhadores aprovaram durante a assembleia geral extraordinária uma paralisação de advertência para o dia 9 de março. O ato de protesto segue uma agenda de luta nacional dos servidores públicos municipais, estaduais e da União para discutir perdas salariais e de direitos. Em Boa Vista, a manifestação deve ocorrer na Praça do Centro Cívico.
“O Sinter cobra 36% de reposição salarial, o governo precisa conceder um reajuste digno para os trabalhadores. Deliberamos essa paralisação de advertência para seguir a agenda nacional de luta por melhorias para a classe trabalhadora. Convidamos todos para participar da luta”, concluiu Josefa.