Com 39 semanas de gestação, na reta final da gravidez, Geilivane de Sousa Santos, de 30 anos, está ansiosa para conhecer e ter nos braços o primeiro filho, o pequeno Gael. No entanto, os últimos dias de gestação não têm sido tranquilos. Com perda de líquido amniótico, que preenche a bolsa gestacional e envolve o bebê, ela precisou ser internada no Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth no sábado, 5 de fevereiro, para ficar em observação.
Geilivane está internada no leito 10 da Ala Orquídeas, onde ficam as gestantes em pré-parto, ela começou a ser medicada com remédios que induzem o parto natural. Porém, ainda não surtiu efeito esperado. A longa espera a preocupa, pois ela teme pela vida do filho que ainda não nasceu.
Sem poder ter um acompanhante ao lado, ela conversa por mensagem com a irmã, Geiliane de Sousa Santos, que procurou a FolhaBV para denunciar o descaso. “Ela não sente dor, está sem dilatação, a bolsa não estoura, estamos preocupados devido essa situação de estarem dando remédio e ela perdendo líquido. Não sei mais a quem recorrer. Tenho medo da criança morrer, é muito descaso com o ser humano”, disse.
Geiliane lamenta não poder estar ao lado da irmã nesse momento delicado. “Não podemos ficar perto por conta da covid-19, o que torna tudo ainda mais difícil. Não dão uma resposta pra gente e ficamos aqui nessa agonia, esperando e sem nenhuma resposta”, desabafou.
Outro lado
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde informou que a paciente Geilivane de Sousa Santos está recebendo a assistência da equipe da Maternidade e sendo preparada para o parto, com os devidos cuidados médicos que o caso requer.
A Pasta afirmou ainda que o parto normal, que garante a recuperação mais rápida e segura tanto para a mãe quanto para o bebê, é o mais indicado pelo Ministério da Saúde e uma cesariana só deve ser realizada quando há indicação médica para aqueles casos em que há a possibilidade de complicações.
Informou ainda que a Maternidade segue as recomendações do Ministério da Saúde e dessa forma para reforçar cada vez mais a assistência humanizada e o baixo intervencionismo, foi criado em 2019, o Centro de Parto Normal Intra-Hospitalar.
“No Centro há o envolvimento de diversos enfermeiros obstetras que reforçam a assistência às parturientes, puérperas e recém nascidos. No local são trabalhadas medidas para que as parturientes e a família vivam a experiência do parto normal com o carinho e a segurança que merecem”, afirma a Sesau em trecho da nota.