Desde 2002, a data de 15 de fevereiro marca o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil, e reforça a importância do papel dos pais e responsáveis no enfrentamento à doença. O diagnóstico precoce pode ser o primeiro passo para a cura.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 80% das crianças e adolescentes acometidos pela doença podem ser curados se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados, como os disponíveis em todo o Brasil, de forma integral e gratuita, pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Queixas ou sinais de anormalidade devem ser levados em consideração para avaliação de um profissional de saúde. Segundo estimativas do INCA – que é vinculado ao Ministério da Saúde e responsável pelo desenvolvimento e coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no País -, devem ocorrer 8.460 casos de câncer infantojuvenil no Brasil neste ano. Outro fator relevante apontado pela entidade é que o câncer já representa a primeira causa de morte por doenças (8% do total) entre crianças e adolescentes, de um a 19 anos, no País.
Tipos
Diferentemente dos adultos, o câncer infantojuvenil geralmente afeta as células do sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação. Por serem predominantemente de natureza embrionária, tumores na criança e no adolescente são constituídos de células indiferenciadas, o que, geralmente, proporciona melhor resposta aos tratamentos atuais, como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e cirurgias oncológicas.
Em relação aos fatores de risco, o câncer na infância não tem relação com condições ambientais ou estilo de vida, como ocorre nos adultos. Os tumores mais frequentes nessas faixas etárias são as leucemias (que afetam os glóbulos brancos), os que atingem o sistema nervoso central e o sistema linfático.
Também acometem crianças e adolescentes o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal); tumor de Wilms (tipo de tumor renal); retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho); tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos); osteossarcoma (tumor ósseo); e sarcomas (tumores de partes moles). No Brasil, assim como ocorre em todo o mundo, existe maior prevalência de leucemias entre o público infantojuvenil.
Sinais e sintomas
Os sintomas do câncer infantil muitas vezes são parecidos com os de doenças comuns entre as crianças. Por isso, consultas frequentes ao pediatra são fundamentais.
Alguns dos sintomas mais comuns da doença são palidez; hematomas ou sangramento; dor óssea; caroços ou inchaços, principalmente aqueles indolores e sem febre; perda de peso inexplicada, tosse persistente; sudorese noturna e falta de ar; alterações nos olhos, como estrabismo ou manchas brancas, chamada de “olho de gato”; inchaço abdominal; dores de cabeça persistentes ou graves; vômitos pela manhã com piora ao longo do dia; dor em membros e inchaço sem traumas.
Com informações do Ministério da Saúde